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    24-04-2023
    Nos laboratórios e salas de aula da Universidade Estadual de Maringá (UEM) está em concepção um projeto que vai atingir as cinco regiões brasileiras e pretende ampliar o número de mulheres que fazem exames para identificar o câncer de colo de útero.

    Coordenada pela professora Márcia Consolaro, a ação terá a participação de outras quatro universidades e instituições públicas brasileiras para promover a autocoleta para HPV – o vírus que causa a doença – em mulheres que não aderem ao exame papanicolau. O trabalho da UEM é mais um exemplo da série Paraná, o Brasil que dá Certo, produzida pela Agência Estadual de Notícias.

    Chamado de “Autocoleta e teste de HPV em mulheres não rastreadas para o câncer cervical: estudo multicêntrico de viabilidade no Brasil”, o projeto aguarda apenas a liberação de recursos do Ministério da Saúde para iniciar o trabalho com mulheres de Maringá, Ouro Preto (MG), Natal (RN), Goiânia (GO) e Manaus (AM), dentro da área de atuação das instituições.

    Além da UEM, também participam as universidades federais de Ouro Preto (UFOP), no Sudeste; do Rio Grande do Norte (UFRN), no Nordeste; de Goiás (UFG), no Centro-Oeste; e a Fundação Centro de Controle de Oncologia do Amazonas (Cecon), no Norte.

    O projeto será feito por mulheres e para mulheres. Com exceção de um bolsista, toda a equipe da UEM liderada por Márcia é feminina, assim como a coordenação das demais instituições. Um dos pilares é a formação de agentes comunitárias de saúde, todas mulheres, que farão a busca ativa daquelas que não procuram as unidades de saúde para fazer o preventivo.

    “A ideia é ter estratégias que foquem não no exame, mas sim naquela mulher que não adere ao que é oferecido como modalidade nacional. Temos que fazer dessa mulher uma agente da própria saúde, e é isso que a autocoleta oferece. Isso pode gerar benefícios como uma cultura de prevenção em várias outras áreas da saúde”, explica Márcia.

    Ela é farmacêutica-bioquímica formada pela UEM e professora da instituição há 27 anos, lecionando atualmente nos cursos de graduação de Farmácia e Biomedicina e no programa de pós-graduação de Biociência e Fisiopatologia.

    Uma das bolsistas do projeto é a biomédica Maria Vitória de Souza, que destaca a importância de fazer com que o trabalho de pesquisa universitária chegue a essas mulheres. “Com ele, conseguimos levar a ciência para além do muro da universidade. Como mulher e pesquisadora, é muito gratificante participar de um projeto que pode fazer com que outras mulheres não cheguem a um estágio avançado de câncer”, afirma.

    EXPANSÃO – A iniciativa é uma expansão de outro projeto comandado por Márcia entre 2014 e 2016 em Maringá, fruto de uma parceria internacional entre a UEM, a Universidade do Alabama em Birminghan e a Faculdade de Medicina Albert Einstein (Albert Einstein College of Medicine), ambos dos Estados Unidos. A pesquisa também contou com a participação do Ministério da Saúde, da Secretaria Municipal de Saúde de Maringá e da Universidade Estadual de Londrina (UEL).

    Além disso, outro estudo do grupo, relacionado a infecções de HPV em mulheres HIV positivo, foi financiado pelo Instituto Nacional de Saúde estadunidense, o National Institutes of Health.

    O edital da Universidade do Alabama selecionou 19 projetos na época, sendo que o único voltado ao câncer de colo de útero foi o da universidade paranaense. A estratégia focou em pacientes que não são alcançadas pelas abordagens tradicionais para prevenção do câncer de colo uterino.

    O motivo deste foco é que existem várias barreiras que impedem a adesão ao papanicolau, seja porque a mulher não sente necessidade, não tem sintomas, por falta de comunicação ou recomendação médica, ou mesmo por questões morais, por ela se sentir constrangida ou não ter autorização do marido.

    A autocoleta quebra esses obstáculos porque pode ser feita pela própria mulher em sua casa, de maneira parecida com os autoexames de Covid-19 que são vendidos em farmácias. É utilizado um teste molecular, que detecta o DNA do vírus e tem mais eficácia que o papanicolau, que analisa as células coletadas.

    “A autocoleta não tem barreira religiosa, não precisa ficar horas na fila da unidade de saúde. É uma estratégia focada na mulher”, explica Márcia.

    Para chegar até essas pacientes, os pesquisadores fizeram treinamentos com agentes comunitárias de três unidades de saúde de Maringá, para elas entenderem o que era o câncer de colo uterino e como seria feita a abordagem às mulheres que nunca fizeram ou estavam há quatro anos ou mais sem fazer o papanicolau. As agentes, por sua vez, faziam uma busca ativa das pacientes, indo até suas casas para conversar e oferecer o exame.

    A ideia do estudo era avaliar se a autocoleta era viável, ou seja, se as mulheres iriam aderir à iniciativa. Para isso, cada unidade de saúde que participou do projeto teve uma abordagem. Na UBS Quebec, era feito o agendamento do papanicolau, na UBS Alvorada a autocoleta e na UBS Pinheiros as mulheres poderiam escolher qual teste preferiam fazer.

    Foram selecionadas 483 mulheres com idade entre 25 e 64 anos, conforme prevê as diretrizes do Ministério da Saúde para rastreio do câncer de colo de útero.

    “As agentes iam até as casas e já ofereciam os testes. Já na primeira visita, 100% das 161 mulheres do grupo de autocoleta aceitaram e fizeram o teste em casa, enquanto pouco mais de 80% do grupo do papanicolau aceitaram fazer o exame. No grupo de livre escolha, 99% preferiram a autocoleta”, conta a professora.

    PROJETO MULTICÊNTRICO – Com o resultado da primeira pesquisa, o projeto multicêntrico será realizado em duas unidades de saúde por cidade, com a oferta da autocoleta e do papanicolau, sem a opção de livre escolha. A ideia é avaliar se nas outras regiões a aceitabilidade das mulheres pela autocoleta também será alta.

    “Conseguimos excelentes resultados com o primeiro projeto, com as mulheres aceitando muito bem a autocoleta. É isso que queremos replicar nessa experiência nacional”, destaca Vania Sela da Silva, professora de Citologia Clínica da UEM e co-coordenadora do projeto.

    “É muito gratificante, enquanto pesquisadora, contribuir com esses resultados. Esperamos que nas outras regiões do Brasil eles se confirmem e que a aceitabilidade e a eficácia da autocoleta sejam grandes”, afirma.

    Os mesmos critérios anteriores de faixa etária, busca ativa de pacientes e treinamento das agentes comunitárias de saúde serão utilizados na pesquisa nacional. “Não vamos apenas detectar a presença do vírus, mas avaliar qual seria o melhor modelo para atender as mulheres HPV positivo, fazer estudos de custo-efetividade de cada exame. Será um estudo bastante completo”, salienta Márcia.

    Segundo ela, a proposta do Ministério da Saúde é replicar o modelo em todo o País a partir do resultado desse estudo. “Não queremos substituir o papanicolau no Brasil. A nossa proposta é atingir aquelas mulheres que o sistema identifica como as que não aderem ao preventivo, para quem a autocoleta seria importante”, explica.

    No mês passado, a pasta lançou uma nova estratégia para o controle e eliminação do câncer de colo do útero. Além do foco na redução de casos e na prevenção, como a vacinação, a iniciativa também prevê a inclusão do teste molecular para detecção do HPV no Sistema Único de Saúde (SUS).

    Com a experiência de quase 30 anos atuando na área, Márcia Consolaro foi uma das responsáveis pela elaboração de parte do projeto-piloto, que será desenvolvido em Recife, com a perspectiva de ser expandido para o estado de Pernambuco e depois para todo o Brasil.

    “O Paraná tem uma participação fundamental neste projeto a partir do desenvolvimento dos testes moleculares, de mudar a forma de testagem, à semelhança do que está sendo preconizado pela Organização Mundial da Saúde”, afirma a ministra da Saúde, Nísia Trindade.

    “Nós falamos da eliminação do câncer de colo de útero como problema de saúde pública, porque é uma doença prevenível. Estamos integrando várias áreas que estão desenvolvendo esse método no País em um grande esforço para evitar a morte prematura de mulheres. Por isso, reforço a importância do sistema de ciência e tecnologia do Paraná nesse processo”, destaca a ministra.

    DOENÇA – Da família dos Papilomavírus Humano (HPV), cerca de 40 são genitais, mas nem todos causam doenças. São os chamados HPV de alto risco, ou do tipo oncológico, os que merecem atenção e são responsáveis por pelo menos 5% de todos os cânceres mundiais

    Praticamente todos os casos de câncer cervical, como também é conhecido o câncer de colo de útero, são causados pelo vírus, assim como 84% dos cânceres de ânus, 70% dos de vagina, 40% dos de vulva e 19% dos de orofaringe (que se desenvolve na parte da garganta que fica logo atrás da boca).

    O de colo uterino é o quarto tipo de câncer feminino mais prevalente no mundo, com 604 mil novos casos e 342 mil mortes estimadas em 2020.

    No Brasil, é o terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina, atrás do câncer de mama e do colorretal, e a terceira causa de morte de mulheres por câncer. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), foram 16.590 novos casos em 2020, com 6.627 mortes por causa da doença.

    Os exames preventivos podem detectar os estágios pré-cancerosos, pois a doença pode levar até 15 anos para se manifestar após a infecção com HPV. “É por isso que se faz a prevenção, não é para detectar o câncer já instalado, mas esses estágios iniciais, que se tratados curam 100% a mulher. Ele é um câncer prevenível”, afirma Márcia. “Um terço das mulheres que são diagnosticadas acabam morrendo, porque há um problema de saúde pública para chegar até elas. É isso que queremos reverter”.

    SÉRIE – “Paraná, o Brasil que dá certo” é uma série de reportagens da Agência Estadual de Notícias. São apresentadas iniciativas da administração pública estadual que são referência para o Brasil em suas áreas.

    Confira o vídeo desta reportagem:
    https://www.youtube.com/watch?v=GgkPN3w7tFg

    irismardossantosadireita
    19-04-2023
    Celebrar a cultura e herança indígena, esse é o objetivo do Dia dos Povos Indígenas, comemorado nesta quarta-feira (19). Para garantir que os indígenas tenham educação, renda e apoio, o Governo do Paraná conta com políticas públicas voltadas a essas comunidades e entre elas está o Vestibular dos Povos Indígenas. Trata-se de uma iniciativa pioneira que proporciona aos estudantes oriundos de etnias, comunidades e territórios indígenas o acesso ao ensino superior.

    Anualmente, são ofertadas 52 vagas para cursos de graduação nas sete universidades estaduais do Paraná e na Universidade Federal do Paraná (UFPR). Desde a criação da iniciativa em 2001, 195 alunos já concluíram cursos de graduação. Uma das primeiras alunas a se formar foi Rosangela Gonçalves, com o nome indígena Gár Fej, que significa flor de milho. Ela é da etnia Kaingang, da Terra Indígena Mangueirinha, no Sudoeste do Paraná, e prestou o vestibular em 2002 para o curso de Pedagogia na Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro).

    A timidez foi um dos obstáculos que Rosangela superou para se adaptar à universidade. A pretensão de ter uma graduação e melhores oportunidades de emprego foi essencial para ela concluir o curso em 2005 e realizar o sonho de infância de ser professora. Desde 2006 ela exerce a profissão na rede municipal de Mangueirinha.

    “Foi através da universidade pública que consegui realizar meu sonho e alcançar meus objetivos de hoje ser uma indígena independente. O que me motivou a ser pedagoga foi o desejo de transmitir conhecimentos sistematizados às futuras gerações da minha aldeia. Dar o exemplo de que somos indígenas, e devemos preservar todos os nossos valores culturais”, afirma Rosangela.

    MATRICULADOS – Dentre os 295 indígenas matriculados nos cursos de graduação por meio do Vestibular dos Povos Indígenas, está Elizandra Mazieli Gyre Pereira. Ela cursa o 4° ano de Odontologia na Universidade Estadual de Maringá (UEM).

    “Não importa quem é você, de onde vem e nem a cor da sua pele, pois com esforço e dedicação você pode ser o que quiser. Seja médico, advogado, dentista ou atuar em outras profissões. Sou grata por estudar na UEM onde fui bem acolhida, diferente de outros espaços que excluem os indígenas porque não reconhecem o valor da nossa cultura”, reforça a estudante.

    Os indígenas também conquistam espaços fora do Brasil, como foi o caso do Rodrigo Portella, da etnia Guaraní Ñhandewa. Ele prestou o vestibular em 2007 na Universidade Federal do Paraná, e precisou suspender a graduação porque teve a oportunidade de estudar música na Europa (Holanda). Após três anos morando no Exterior, retornou ao país e começou a trabalhar em uma orquestra sinfônica. Em 2022 prestou o vestibular novamente para Licenciatura em Música na Universidade Estadual do Paraná (Unespar), para concluir o curso.

    “O ensino superior é fundamental para os povos originários, os indígenas também são capazes de alcançar seus objetivos. A educação prepara e expande o conhecimento principalmente para as novas gerações que nasceram em um mundo tecnológico”, ressalta.

    Filho de mãe indígena e pai não indígena, ele nasceu na Terra Indígena Laranjinha, no Norte Pioneiro, onde viveu até os 12 anos de idade. Rodrigo é violinista, assim como o pai que incentivou o filho para atuar na área da música.

    PROGRESSO/SUCESSÃO – Além da graduação, os indígenas também procuram dar continuidade aos estudos, como é o caso de Irismar dos Santos. Ela é da etnia Guarani e nasceu na Terra Indígena São Jerônimo da Serra, na região Norte do Estado.

    Há 10 anos atua na área da educação, fez magistério indígena, concluiu o curso de Pedagogia pela UEM em 2020 e concluiu a especialização em Gestão Escolar Indígena. Atualmente, cursa o mestrado vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Educação na UEM e planeja dar sequência aos estudos no doutorado.

    Irismar acredita que a educação é um caminho importante para o fortalecimento dos povos indígenas. “Para nós indígenas, concluir uma graduação fortalece a nossa identidade e é uma forma de resistência contra o preconceito, assim podemos assumir a nossa própria educação, nas universidades, atuando como professor universitário. A universidade também é o nosso território, é o local onde adquirimos conhecimentos para defender os nossos direitos”, afirmou.

    Atualmente ela trabalha como educadora social em uma associação indigenista em Maringá que auxilia 60 famílias da etnia Kaingang da Terra Indígena Ivaí, próxima ao município de Manoel Ribas, no Centro do Paraná. Irismar desenvolve atividades pedagógicas com cerca de 20 crianças. A aptidão para trabalhar com educação indígena também foi passada para o filho Jean de 22 anos que, assim como a mãe, ingressou na UEM para cursar Pedagogia e dar continuidade ao trabalho de ensinar as crianças indígenas.

    INCENTIVO – A Comissão Universidade para os Povos Indígena (Cuia) é a entidade responsável por acompanhar pedagogicamente e garantir a permanência dos alunos nas universidades. A comissão é formada por representantes da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) e das oito universidades.

    “Nas universidades, os estudantes indígenas estão longe de casa e inseridos em uma cultura diferente e por isso precisam de apoio e incentivo para ingressar e continuar no ensino superior”, como explica Sandra Cristina Ferreira, assessora da Coordenadoria de Ensino Superior, Pesquisa e Extensão da Seti e representante da instituição na Cuia.

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    27-04-2023
    O Governo do Paraná, por meio da Fundação Araucária (FA), em parceria com a Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), lançou o Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade do Paraná (Napi Biodiversidade). O evento foi realizado na Universidade Estadual de Maringá (UEM).

    A iniciativa tem como propósito atender as demandas do Estado sobre ações e políticas sustentáveis para a conservação e proteção da biodiversidade. Esse novo arranjo tem como subtítulo Serviços Ecossistêmicos – são aqueles que geram benefícios à sociedade, em termos de manutenção, recuperação ou melhoria das condições ambientais, refletindo diretamente na qualidade de vida das pessoas.

    O Novo Arranjo possibilitará a integração de pesquisadores e profissionais que atuam em áreas relacionadas a esse tema e, também, aprimorar o conhecimento de estudantes e profissionais de diferentes níveis.

    O reitor da UEM, Leandro Vanalli, destacou a dimensão do projeto para a comunidade acadêmica e a região de Maringá. “O Napi tem importância fundamental para o nosso Estado e, sobretudo, na nossa região. A UEM é destaque mundial com o Nupélia, que é um núcleo de excelência de pesquisa em Limnologia, Ictiologia e Aquicultura”, disse o reitor.

    O Napi Biodiversidade vai ampliar os trabalhos nestas áreas. “O novo arranjo reunirá muitos pesquisadores e os trabalhos poderão levar o nome da UEM e também de todo o Estado a outras fronteiras”, comentou Vanalli.

    Além da UEM, o projeto do Napi Biodiversidade: Serviços Ecossistêmicos conta com a participação das universidades estaduais de Londrina (UEL), do Oeste do Paraná (Unioeste) e do Centro-Oeste (Unicentro).

    Também fazem parte a Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade Federal Tecnológica do Paraná (UTFPR) e Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila). Estão envolvidos 61 pesquisadores, entre docentes, técnicos, alunos de graduação e pós-graduação, ligados a 27 programas de pós-graduação e de 42 cursos de graduação.

    Para o diretor-geral da Seti, Michel Samaha, o envolvimento de pesquisadores e comunidade auxiliarão no avanço de diagnósticos e soluções na área da biodiversidade. “Os dados fornecidos pelos pesquisadores podem ser fundamentais para sustentar políticas públicas que nos ajudem a enfrentar os desafios ambientais que temos pela frente. As ações nos permitirão avaliar de forma correta os serviços ecossistêmicos para que possamos traçar projetos de governança com orientação baseada em informações científicas”, explicou.

    DESDOBRAMENTO – O Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação surgiu como desdobramento do Napi de Biodiversidade: Recursos Genéticos e Biotecnologia, que busca o fortalecimento da agricultura sustentável, o desenvolvimento de tecnologias voltadas à recuperação e manutenção da biodiversidade nativa do Paraná, também o desenvolvimento da bioeconomia e economia circular no Paraná e a redução dos impactos das mudanças climáticas sobre as cadeias agropecuárias.

    Cláudia Costa Bonecker, professora da UEM e coordenadora do novo Napi, ressalta a importância do projeto Serviços Ecossistêmicos, voltado a atender as demandas do Paraná sobre ações e políticas sustentáveis, que garantam a manutenção dos serviços ecossistêmicos.

    “É necessário trabalhar para a conservação e proteção da biodiversidade, avaliando os serviços ecossistêmicos associados aos ambientes aquáticos continentais, por exemplo, incentivando inovações tecnológicas e, também, promovendo a divulgação do conhecimento e a valorização da biodiversidade no Paraná”, afirmou.

    NAPI – Os Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação são redes colaborativas de pesquisa voltadas à ativação e à consolidação de ecossistemas de Ciência, Tecnologia e Inovação do Paraná. Com o projeto pretende-se mobilizar e integrar empresas, terceiro setor e fatores-chave de desenvolvimento das regiões do Estado.

    Os arranjos são direcionados para o desenvolvimento do Estado, por meio da promoção da riqueza e qualidade de vida de forma sustentável.

    O diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da Fundação Araucária, Luiz Márcio Spinosa, afirma que, com os arranjos, a instituição financia ações que proporcionam soluções para questões regionais. “Temos um capital intelectual que vale mais do que muitas das maiores empresas do Paraná. É esse capital, o conhecimento dos nossos pesquisadores e das nossas universidades que investimos, por meio dos Napis, junto com outros recursos”, destacou.

    "Conseguimos financiar ações e inovações para melhorar a qualidade de vida dos paranaenses, por exemplo, gerando empregabilidade e renda, e também gerando tecnologia para o campo", complementou.

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    11-04-2023
    Os interessados em participar da 2ª chamada do Vestibular 2022 e do Processo de Avaliação Seriada (PAS/3ª etapa, 2022) da Universidade Estadual de Maringá (UEM) têm até esta quinta-feira (13) para solicitar a vaga no site da DAA. A solicitação é obrigatória para todos os interessados da lista de espera e começa na quarta (12), após as 14h.

    O edital com os aprovados na segunda chamada será divulgado na sexta-feira (14). A solicitação de matrícula e envio de documentos online ocorre a partir de sexta-feira até o dia 18. O link será disponibilizado após as 14h, das datas mencionadas anteriormente, no site da DAA.

    Os candidatos que forem aprovados pelo sistema de cotas devem providenciar os documentos que comprovem as respectivas condições.

    A 3ª chamada para a solicitação de vaga está prevista para os dias 3 e 4 de maio, após as 14h, via internet. O resultado, a solicitação da matrícula e envio dos documentos devem ser publicados entre os dias 5 a 9 de maio.

    Os candidatos farão matrícula para ingresso no ano letivo de 2023, que tem início em 26 de junho.

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    28-03-2023
    O Governo do Estado autorizou nesta terça-feira (28) a abertura de 18 novos leitos pediátricos no Hospital Universitário de Maringá (HUM). Custeados pelo Estado e com equipamentos fornecidos pelo município, são oito Unidades de Terapia Intensiva (UTI), disponibilizadas gradativamente, e dez leitos enfermaria, que já começaram a receber os pacientes.

    “Esse reforço é para enfrentamento da crise sazonal de infeções respiratórias. Os casos com a prevalência de vírus sincicial respiratório, principalmente nas crianças, muitas vezes evoluem para complicações que necessitam de internamentos, por isso essa ampliação é tão importante”, disse o secretário de Estado da Saúde, César Neves. A pasta está monitorando a ocupação do Estado e prevê a abertura de novos leitos de acordo com a necessidade de cada região.

    De acordo com o secretário municipal de Saúde, Clóvis Augusto de Melo, a abertura desses leitos demostra a parceria entre o município, Estado e prestadores de serviço para o atendimento da população.

    “Este é um momento de pressão sob o sistema hospitalar e não podemos medir esforços para viabilizar a ampliação de leitos de UTI e enfermaria para o atendimento das crianças acometidas por essas viroses. Este é mais um exemplo da perfeita sinergia que existe entre o Poder Executivo municipal, estadual e o HU, que é um grande parceiro em todas as ações”, acrescentou Clóvis Melo.

    A superintendente do HUM, Cremilde Trindade Radovanovic, disse que a abertura desses leitos possibilitará o atendimento de crianças com complicações respiratórias neste período de crise e alta demanda na 15ª Regional de Saúde. “Estamos trabalhando em parceria com a Sesa e a Secretaria municipal no implemento de equipamentos e recursos humanos. Desta forma conseguimos assegurar assistência adequada para todas essas crianças”, disse.

    DADOS – De acordo com dados do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe), já foram notificados, desde janeiro deste ano, 5.503 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Paraná. Destes, 1.729 (31,4%) foram em menores de 5 anos e 611 (11%) em crianças de 5 a 12 anos.

    Em menores de 12 anos ocorreram 290 casos de SRAG por vírus sincicial respiratório sendo 280 (96,5%) em menores de 5 anos. Já por Rinovírus esse número foi de 395 e 253 (64%) respectivamente..

    A 15ª Regional de Saúde de Maringá (RS) soma 569 notificações de SRAG, sendo 341 (60%) em menores de 12 anos. Destes, 81 casos (23,8%) são de Vírus Sincicial Respiratório (VSR) e 60 (17,6%) de Rinovírus.

    De acordo com dados do Sistema Estadual de Regulação (Care), divulgados nesta segunda-feira (27), a ocupação de leitos gerais pediátricos na Macro Noroeste é de 80% nos leitos de UTI e 41% nos leitos de enfermaria.

    NOTA TÉCNICA – Considerando ainda o aumento de internações causadas pela SRAG, a Sesa publicou nesta terça-feira (28), a Nota Técnica 01/2023 que atualiza as orientações a serem adotadas pelos estabelecimentos de saúde durante o período de internamento.

    De acordo com o documento, é necessário adotar cuidados como manter a distância mínima de um metro entre os leitos dos pacientes internados; restringir o número de pessoas dentro dos locais de internamento; manter o local arejado; usar equipamento de proteção individual (EPI) apropriado; reforçar junto aos profissionais e equipes as orientações quanto medidas de prevenção, incluindo as precauções e a higiene das mãos nos momentos adequados, entre outros.

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