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    02-03-2023
    A Universidade Estadual de Maringá (UEM) desenvolveu um fertilizante capaz de potencializar o aproveitamento do bagaço da cana-de-açúcar para aumentar a produção de etanol. O produto é chamado de Max G2 e prevê um impacto no setor sucroalcooleiro, com potencial de dobrar a produtividade de um plantio de cana-de-açúcar. A ideia inovadora é desenvolvida pelo projeto Biosolutions, no Centro de Ciências Biológicas da instituição de ensino superior.

    O etanol de primeira geração é produzido a partir de um processo de moagem e fermentação da cana-de-açúcar, o que gera o bagaço (biomassa), que seria descartado como resíduo. O Max G2 transforma esse bagaço em matéria-prima para a produção de mais biocombustível, o chamado etanol de segunda geração, principal benefício dessa inovação.

    O Max G2 se baseia na interferência alelopática, um tipo de processo natural, que consiste na maneira como as plantas usam moléculas para invadir o sistema fisiológico de outras espécies de plantas e induzir modificações que proporcionam benefícios. A técnica é popularmente conhecida como engenharia fisiológica, porque é baseada em conhecimentos da Fisiologia e Ecofisiologia Vegetal.

    A pesquisa começou em 2007, no pós-doutorado do professor Wanderley Dantas dos Santos, do Departamento de Bioquímica da UEM, na área de Fisiologia Vegetal. “Ao utilizar moléculas ricas em informação em um vegetal é como conversar na linguagem das plantas, por meio da química. Elas passam a agir de uma forma diferente devido às instruções que estamos inserindo, como se estivéssemos hackeando o sistema fisiológico delas”, explica o docente, que também atua no Laboratório de Bioquímica de Plantas (Bioplan).

    POTENCIAL – A ideia de transformar o resultado da pesquisa em produto surgiu no ano passado, durante o doutorado do biotecnólogo Wagner Mansano Cavalini, no âmbito do Programa de Biologia Celular e Molecular. Mestre em Ciências Biológicas, o acadêmico percebeu uma oportunidade de negócio. “A equipe Biosolutions desenvolveu, a partir de pesquisas científicas, uma tecnologia inovadora e promissora para o mercado. Essa tecnologia vai melhorar o processo da utilização do bagaço da cana-de-açúcar na produção do etanol”, explica o líder do projeto.

    Esse fertilizante é aplicado nas folhas das plantas, absorvido e transportado por todo o vegetal. O produto funciona como um maximizador de carboidratos (açucares) e é usado na cana-de-açúcar ainda jovem, por meio da pulverização. O resultado do experimento é uma planta com mais carboidratos, principal nutriente para a produção do biocombustível etanol.

    SUSTENTABILIDADE – No setor energético, os biocombustíveis provêm de fontes renováveis e representam solução sustentável, em relação aos combustíveis fósseis, derivados do petróleo. O etanol equivale ao uso eficiente dos recursos naturais, em especial o etanol de segunda geração, pois aproveita o material que seria descartado, além de ter potencial para reduzir as emissões de gases do efeito estufa.

    O Brasil é o segundo maior produtor de etanol no mundo, de acordo com dados da Renewable Fuels Association (RFA, sigla em inglês para Associação de Combustíveis Renováveis), dos Estados Unidos. O Max G2 tem alto potencial de mercado, pois reduz o impacto da cultura produtiva da cana-de-açúcar no uso do solo e da água, e contribui para uma produção agroenergética sustentável. Na UEM, outros estudos são conduzidos para avaliar a eficácia da tecnologia na produção agropecuária.

    EQUIPE – Também atuam no projeto o estudante de doutorado Diego Eduardo Romero Gonzaga, do Programa de Pós-Graduação em Agronomia, no Centro de Ciências Agrárias da UEM; e os alunos de graduação Gabriel Maister Cavalini do curso de biologia, Ana Raquel Papa Anunciação e Rhuan Ribeiro dos Reis, do curso de Bioquimica, ambos no Centro de Ciências Biológicas da instituição estadual de ensino superior.

    Em um cenário de atualização contínua dos conhecimentos, os membros da equipe participam de cursos, palestras e eventos sobre empreendedorismo e inovação. “Para os próximos meses, o objetivo é estruturar uma startup para inserir o produto na indústria e contribuir com uma produção mais sustentável de biocombustível”, sinaliza Wagner Cavalini.

    CULTURA EMPREENDEDORA – O projeto Biosolutions foi contemplado na edição de 2022 do Academic Working Capital da TIM, um programa de educação empreendedora para universitários; e no Catalisa ICT, um programa de fomento a startups do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Paraná (Sebrae/PR). O projeto também ficou em segundo lugar na premiação do Startup Garage 2022, outro programa do Sebrae/PR, voltado ao fomento da cultura empreendedora nas universidades. Essa premiação alcançou 52 instituições de ensino superior em 11 cidades.

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    03-03-2023
    A Clínica Odontológica do Hospital Universitário da Universidade Estadual de Maringá (UEM) recebeu, nesta sexta-feira (3), R$ 1,95 milhão em novos equipamentos. O investimento do Governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde (Sesa), é destinado a modernizar e ampliar a capacidade de atendimento da unidade. O pacote consiste em 64 novos aparelhos, que vão desde sistemas de sucção de alta potência até um autoclave hospitalar, utilizado para esterilização de materiais.

    Hoje a estrutura atende em torno de 15 mil pacientes ao ano, executando até 35 mil procedimentos. Guilherme Graziani, dentista da equipe Sesa e especialista em ortodontia, destacou a parceria da pasta com a universidade. "O Hospital Universitário de Maringá tem se tornado uma referência em atendimento odontológico para toda a região. Essa é uma parceria muito produtiva, onde o principal beneficiado é o cidadão paranaense que acessa estes recursos pelo Sistema Único de Saúde", disse.

    O reitor da universidade, Leandro Vanalli, destacou o repasse como um marco para a unidade, ao afirmar que estes são aparelhos modernos, capazes de providenciar maior conforto e qualidade ao serviço prestado pela clínica. “A UEM possui um grande papel destinado à vida dos paranaenses e estes recursos somam de maneira definitiva nesta missão", completou.

    ODONTOLOGIA – O Departamento de Odontologia da Universidade Estadual de Maringá iniciou suas atividades em 1988, com 20 vagas, que posteriormente expandiram-se para 40, totalizando 200 alunos em cinco séries, além da criação de quatro cursos de pós-graduação e também de diversos projetos de extensão. Em 2022, a universidade inaugurou, em parceria com o Governo do Estado, a clínica Odontológica da UEM, em um espaço de quase 4 mil metros quadrados.

    O prefeito em exercício de Maringá, Edson Scabora, comemorou os investimentos. Segundo ele, a UEM é um grande orgulho para a sociedade maringaense e essa atenção do Governo do Estado permite expandir ainda mais os serviços. “O fortalecimento desta unidade é também o fortalecimento da qualidade em atendimento bucal de toda a região", disse.

    PRESENÇAS – Também participaram da cerimônia o secretário de Indústria, Comércio e Serviços do Paraná, Ricardo Barros; a vice-reitora da UEM, Gisele Mendes de Carvalho; o deputado federal Beto Preto; os deputados estaduais Evandro Araújo e Do Carmo; a diretora da 15ª Regional de Saúde, Daniane Camacho, além de secretários de saúde e lideranças da região.

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    06-03-2023
    A Universidade Estadual de Maringá (UEM), por meio do Escritório de Cooperação Internacional (ECI), recepcionou na semana passada a professora ucraniana Yuliia Dziazko, que chegou ao Brasil com a família por intermédio do Programa Paranaense de Acolhida a Cientistas Ucranianos, do Governo do Estado. O projeto é desenvolvido pela Fundação Araucária e Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti).

    Foi organizada uma tarde de boas-vindas, na qual estiveram presentes a vice-reitora, Gisele Mendes, o coordenador do Escritório de Cooperação Internacional (ECI), Renato Leão, o pró-reitor de Extensão e Cultura (PEC), Rafael da Silva, o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UEM, Mauro Ravagnani, a diretora de Extensão (DEX), Crishna Mirella de Andrade Correa, e a bolsista da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), Fabiane Hodas.

    Yuliia está em Maringá com o marido, Oleksandr Dziazko, desde fevereiro. O casal é da capital da Ucrânia, Kiev. Ela é engenheira química e atuava na universidade Vernadskii Institute of General and Inorganic Chemistry of the National Academy of Science of Ukraine. A pesquisadora trabalha na área de desenvolvimento de membranas de poli ácido lático (PLA), produzidas em impressora 3D e aplicação para a remoção de contaminantes emergentes. Esse projeto foi proposto pela professora Rosângela Bergamasco, do Departamento de Engenharia Química (DEQ/UEM).

    “Como hoje em dia a água está cada vez mais poluída com produtos contaminantes e que não são removidos pelos sistemas convencionais, se faz necessário desenvolver processos para que sejam mais eficientes e que tenham viabilidade econômica. A produção de membranas com a impressão 3D surge como um processo promissor. Essas membranas serão acopladas nos tratamentos para produzir água de melhor qualidade. A professora ucraniana já tem experiência no processo e com certeza contribuirá no desenvolvimento deste projeto”, disse Rosângela.

    Hodas, que está no projeto para auxiliar Yuliia e o marido com a língua portuguesa dentro e fora da universidade, além de ajudá-la em suas atividades e adaptação na cidade, comentou que a professora ucraniana gostou muito do Brasil. Também disse que as pessoas são muito gentis e simpáticas e achou que há muitos jovens na cidade.

    O programa recebeu até o momento 13 pesquisadores no Paraná. Eles estão distribuídos nas seguintes universidades: UENP, UEL, PUC, UTFPR - Medianeira, Unicentro, Unioeste, Unila, UEPG, IFPR e UEM. Este edital é de fluxo contínuo, possui 50 bolsas no total disponíveis e tem como prioridade apoiar financeiramente as Instituições Científicas e Tecnológicas e de Inovação (ICTs) paranaenses na acolhida de pesquisadores ucranianos para atuar na Pós-graduação Stricto Sensu.

    "O objetivo é acolher e integrar as cientistas ucranianas na comunidade paranaense, e também prevê colaborações conjuntas futuras para a reconstrução e fortalecimento da economia ucraniana por meio da ciência e inovação", afirma o presidente da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig.

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    09-03-2023
    Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, a Universidade Estadual de Maringá (UEM) lançou o protocolo “ContrAbuso”, nesta quarta-feira (8). O principal objetivo é contemplar mulheres em várias situações de violência sexual, esclarecer possíveis encaminhamentos jurídicos dentro da universidade, assim como procedimentos disciplinares e medidas administrativas que devem a serem adotados.

    A portaria tem o sugestivo número 190/2023. Entre os objetivos estão disponibilizar ferramentas necessárias para enfrentar comportamento discriminatórios ou barreiras de acesso a um procedimento formal justo e eficaz, assim como evitar que mulheres atendidas sofram violência institucional ao denunciarem casos de agressões. Visa oferecer, ainda, atendimento integral, isto é, a integração dos serviços disponíveis às vítimas.

    O novo protocolo a autonomia por parte da mulher/vítima em situação de violência em todos os processos de decisão do atendimento e assegurar que os denunciantes ou as vítimas não sejam objeto de ameaça, retaliações, perseguição ou discriminação de qualquer tipo.

    Outro ponto importante é favorecer a construção de um ambiente universitário livre de qualquer tipo de violência com base em sexo, gênero, classe, raça, etnia, nacionalidade ou religião, e promover condições de igualdade e equidade.

    Por fim, ele visa informar às vítimas sobre as medidas de investigação e atendimento adotadas, quais são os seus direitos e os do agressor, assim como oferecer uma reparação justa que preze pelo restabelecimento da vida acadêmica sem prejuízos.

    "Toda mulher deve ser valorizada e respeitada dentro e fora da universidade”, afirmou a vice-reitora Gisele Mendes durante a apresentação do “ContrAbuso”.

    A cerimônia de lançamento reuniu várias autoridades acadêmicas, entre elas Neusa Altoé, a primeira mulher a ser eleita reitora no Paraná, tendo exercido o cargo de 1998 a 2002 frente à gestão da UEM. Ela também foi vice-reitora da instituição.

    A ex-reitora destacou a importância do ContrAbuso. “É essencial para as mulheres se manterem atuantes e serem ouvidas, e, consequentemente, para preservarem e adquirirem novos direitos na sociedade. Este protocolo veio reforçar a luta das mulheres”, afirmou.

    ORIGEM – A minuta de protocolo foi elaborada pelo projeto de mesmo nome, “ContrAbuso”, criado na UEM em 2019, e buscou definir e executar ações na luta contra a violência sexual, sob a coordenação das professoras Carolina Laurenti, do Departamento de Psicologia (DPI), e Isadora Vier Machado, do Departamento de Direito Público (DDP).

    O documento, baseado no trabalho de conclusão do curso de Direito da UEM, defendido pela estudante Marina Andrade Batista, aponta os procedimentos necessários que a UEM deve adotar para sistematizar e priorizar uma tomada decisões em relação ao atendimento de mulheres em situação de violência de gênero na universidade, amparada inclusive em parâmetros jurídicos.

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    29-03-2023
    O comitê gestor regional do programa Agência de Desenvolvimento Regional Sustentável e de Inovação (Ageuni), da Universidade Estadual de Maringá (UEM), tomou posse nesta quarta-feira (29), em cerimônia na sede da instituição, com a presença do secretário estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), Aldo Nelson Bona.

    O programa do Governo do Estado tem por objetivo proporcionar suporte financeiro às propostas institucionais para oferecer infraestrutura em espaços físicos da Ageuni em cada universidade pública estadual. A ação consiste na instalações de locais para a criação de ponto focal, com identidade visual específica, nas universidades estaduais, a fim de promover a conexão entre a comunidade acadêmica e o público externo. O objetivo é o atendimento das demandas desse público por meio das competências existentes nas universidades.

    A proposta é que a Agência de Desenvolvimento Sustentável e de Inovação execute ações que apontem apoio às áreas de agricultura e agronegócio; biotecnologia e saúde; energias inteligentes; cidades inteligentes; educação, sociedade e economia, além de transformação digital e desenvolvimento sustentável.

    Todas estas áreas foram definidas como prioritárias pelo Conselho Paranaense de Ciência e Tecnologia (CCT). No caso da UEM, a Ageuni irá substituir o Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT), e ficará ligada à Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PPG).

    “A partir da UEM, iremos receber as demandas dos municípios, propostas que sejam de todas as áreas do crescimento, que de fato precisem do apoio da instituição, em termos científicos, técnicos e capital intelectual”, disse o reitor da UEM, Leandro Vanalli. “A partir do encontro das demandas, com o capital da universidade, poderemos construir projetos que signifiquem desenvolvimento regional, não só monetário econômico, mas também que seja de caráter social, humano e que produza progresso para a nossa região”.

    O secretário Aldo Bona disse que projeto Ageuni veio para fazer com que o sistema estadual de ciência e tecnologia, que é composto não só pelas universidades estaduais, mas por todos ativos tecnológicos do Estado, esteja cada vez mais a serviço do desenvolvimento econômico e social da população paranaense.

    “Por isso é um projeto de extrema relevância, na medida em que a gente quer caminhar cada vez mais para uma sociedade do conhecimento, em que o desenvolvimento econômico e social sejam ancorados na produção do saber, do conhecimento, de um conhecimento aplicado à prática, para a resolução dos problemas do cotidiano", destacou Bona.

    PRESENÇAS – Também estiveram presentes na cerimônia a vice-reitora Gisele Mendes; o vice-prefeito de Maringá, Edson Scabora; o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Paraná (CREA/PR), Ricardo Rocha de Oliveira.

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