Cerca de dois mil documentos já podem ser acessados na internet
Um projeto conjunto entre a
Universidade Estadual de Maringá (UEM) e a Brown University, dos Estados
Unidos, reúne quase dez mil documentos oficiais datados entre 1967 e
1977 que mostram a interferência, o acompanhamento e o apoio dos Estados
Unidos à ditadura militar instaurada em 1964. A compilação, pinçada do
acervo do National Archives, em Washington, está disponível para
consulta pela internet.
A parceria entre a instituição norte-americana e a paranaense resultou no Opening the Archives Project (Projeto Abrindo os Arquivos). O trabalho foi feito por uma equipe de dois universitários brasileiros e dez americanos, liderada pelos professores Sidney Munhoz e James Green, que se conhecem e participam de atividades conjuntas desde o início da década passada.
Ex-coordenador da pós-graduação em História da UEM, Munhoz é professor do departamento há 30 anos e coordenador da Central de Documentação. Estudioso da temática da Guerra Fria e das relações entre Brasil e Estados Unidos, já tem mais de 200 mil documentos microfilmados sobre o assunto nos primeiros 60 anos do século passado, ainda não disponíveis para consulta cibernética.
O projeto atual começou em dezembro de 2012, com a proposta vinda de Green, e os trabalhos começaram em julho de 2013. Foram 15 dias nos Estados Unidos escaneando arquivos que, em seguida, passavam por um programa que traduzia as imagens em textos para criar a indexação que permite a consulta por termos.
Essa última etapa terminou na semana passada. "Não há nada semelhante no Brasil", afirma Munhoz. O National Archives, conta, elogiou o projeto e diz ter interesse que hajam outros semelhantes, envolvendo outros países. A própria presidente Dilma Rousseff (PT), em seu perfil no Facebook, também citou e elogiou a iniciativa.
O custo do projeto, bancado em parceria pela UEM e pela Brown, fica entre US$ 70 mil e US$ 80 mil (R$ 158 mil e R$ R$ 180 mil).
O professor brasileiro lembra que a interferência americana no golpe e no apoio à ditadura militar já é explorado em livros históricos, mas a papelada agora na internet permite escancarar o detalhamento, a forma como as questões do Brasil eram acompanhadas e o nível de conhecimento que tinham do país. "A nossa inovação é pegarmos essa documentação e torná-la pública."
O trabalho todo ainda não está finalizado. Por enquanto, são cerca de dois mil documentos que podem ser acessados pelo link http://library.brown.edu/openingthearchives/?s=&lang=pt. Porém, até o lançamento oficial, no próximo dia 10, nos Estados Unidos, todo o trabalho poderá ser consultado.
A parceria entre a instituição norte-americana e a paranaense resultou no Opening the Archives Project (Projeto Abrindo os Arquivos). O trabalho foi feito por uma equipe de dois universitários brasileiros e dez americanos, liderada pelos professores Sidney Munhoz e James Green, que se conhecem e participam de atividades conjuntas desde o início da década passada.
Ex-coordenador da pós-graduação em História da UEM, Munhoz é professor do departamento há 30 anos e coordenador da Central de Documentação. Estudioso da temática da Guerra Fria e das relações entre Brasil e Estados Unidos, já tem mais de 200 mil documentos microfilmados sobre o assunto nos primeiros 60 anos do século passado, ainda não disponíveis para consulta cibernética.
O projeto atual começou em dezembro de 2012, com a proposta vinda de Green, e os trabalhos começaram em julho de 2013. Foram 15 dias nos Estados Unidos escaneando arquivos que, em seguida, passavam por um programa que traduzia as imagens em textos para criar a indexação que permite a consulta por termos.
Essa última etapa terminou na semana passada. "Não há nada semelhante no Brasil", afirma Munhoz. O National Archives, conta, elogiou o projeto e diz ter interesse que hajam outros semelhantes, envolvendo outros países. A própria presidente Dilma Rousseff (PT), em seu perfil no Facebook, também citou e elogiou a iniciativa.
O custo do projeto, bancado em parceria pela UEM e pela Brown, fica entre US$ 70 mil e US$ 80 mil (R$ 158 mil e R$ R$ 180 mil).
O professor brasileiro lembra que a interferência americana no golpe e no apoio à ditadura militar já é explorado em livros históricos, mas a papelada agora na internet permite escancarar o detalhamento, a forma como as questões do Brasil eram acompanhadas e o nível de conhecimento que tinham do país. "A nossa inovação é pegarmos essa documentação e torná-la pública."
O trabalho todo ainda não está finalizado. Por enquanto, são cerca de dois mil documentos que podem ser acessados pelo link http://library.brown.edu/openingthearchives/?s=&lang=pt. Porém, até o lançamento oficial, no próximo dia 10, nos Estados Unidos, todo o trabalho poderá ser consultado.