Estudante do Departamento de Zootecnia, Silvio Leite, teve trabalho científico reconhecido no Senacitec 2024
Um dos nove trabalhos científicos desenvolvidos pelo Centro de Estudos em Coelhos (Ceco), no Departamento de Zootecnia (DZO), da Universidade Estadual de Maringá (UEM), foi premiado no VIII Seminário Nacional de Ciência e Tecnologia em Cunicultura (Senacitec 2024), o maior evento sobre produção de coelhos no País. Este ano, o seminário ocorreu entre os dias 15 e 17 de março, em Bambuí, no câmpus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais (IFMG).
Entre os três melhores artigos premiados na Senacitec 2024 de 40 inscritos, está o de autoria de Silvio Mayke Leite, doutorando do Programa de Pós-graduação em Zootecnia (PPZ). Com o tema “Parâmetros bioquímicos do sangue de láparos Nova Zelândia Branco submetidos ao aleitamento controlado”, Silvio recebeu certificado de mérito científico. “O trabalho abre uma linha de pesquisa focada no bem-estar e desempenho produtivo dos láparos (filhotes de coelhos), com objetivo de reduzir as taxas de mortalidade durante a fase de lactação, elevando os índices produtivos da atividade”, frisa o professor do DZO e presidente da Associação Científica Brasileira de Cunicultura (ACBC), Leandro Dalcin Castilha.
De acordo com o professor, este ano, o Ceco conseguiu levar a maior delegação e o maior número de trabalhos científicos com apresentação em pôster e de forma oral no evento. Além do professor, nove estudantes integraram o grupo, sendo sete alunos de graduação, um mestrando e um doutorando. O grupo inscreveu nove trabalhos no evento.
Além de ter colaborado com a organização, Castilha também proferiu uma palestra sobre Biosseguridade em granjas de coelhos. “Em minha avaliação, o Senacitec 2024 representou a celebração da Cunicultura Brasileira, pois além de reunir diferentes atores da atividade, congregou conhecimento e difundiu novas tecnologias.”
O professor Castilha também preside o Fórum Nacional de Coordenadores de Zootecnia (ABZ) e é membro da Comissão Nacional de Ensino de Zootecnia, da ABZ. Segundo ele, o Senacitec reuniu professores, pesquisadores, alunos de graduação e pós-graduação, cunicultores e entusiastas da atividade, de pelo menos seis Estados (MG, SP, PR, RS, SE e RJ).
Cunicultura na UEM
O setor de Cunicultura da UEM desenvolve, desde 1979, na Fazenda Experimental de Iguatemi (FEI), pesquisas voltadas para a alimentação e nutrição dos coelhos de corte, sobretudo com reaproveitamento de resíduos agroindustriais e alimentos alternativos, buscando reduzir o custo de produção ao cunicultor. A UEM produz carne de coelho na FEI, e as carcaças são vendidas no Mercadinho da Universidade (Pasas).
A criação começou quando o professor aposentado do DZO, Claudio Scapinello, trouxe animais da raça Nova Zelândia Branco da Universidade do Oregon, nos Estados Unidos. O setor vem realizando processos de melhoramento genético interno, de modo que hoje os animais do setor representam uma raça pura.
Segundo Castilha, o setor realiza diversas parcerias, dentro e fora da universidade. Com o curso de Medicina, o coelho representa um modelo experimental para pesquisas com ventilação pulmonar de humanos recém-nascidos, além de uma parceria com profissionais da área oftalmológica e empresas de vacinas e medicamentos para animais. Até meados de 2015, a UEM também fornecia cerca de 50 coelhos ao mês à Secretaria da Saúde do Paraná para o desenvolvimento de soro contra picada de aranha-marrom. Todas as pesquisas da UEM com animais passam por aprovação prévia do Comitê de Ética no Uso de Animais (Ceua).