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Em um ano, Universidade saltou 60 posições na lista global do UI GreenMetric World University Ranking 2023

A Universidade Estadual de Maringá (UEM) voltou a ser classificada como uma das universidades mais sustentáveis do Brasil. O UI GreenMetric World University Ranking 2023 foi divulgado na última semana, durante a 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 28), que ocorre até esta terça-feira (12), em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Na lista, a UEM também foi a melhor posicionada entre as universidades paranaenses.

A classificação é produzida anualmente pela Universidade da Indonésia (UI), com base em 39 indicadores, divididos em seis critérios distintos: ambiente e infraestrutura, energia e mudanças climáticas, resíduos, água, transporte e educação.

A UEM foi ranqueada entre as 16 mais sustentáveis do Brasil e ficou na 63ª posição entre as entidades latinoamericanas. No ranking global, a Universidade figurou em 399º lugar, um salto de 60 posições em relação ao ano passado, quando foi a 459ª colocada.

Ao todo, foram avaliadas 1.183 Instituições de Ensino Superior (IES), de 84 países diferentes. Dessas, 148 universidades representam a América Latina, incluindo 43 brasileiras e três paranaenses.

O reitor da UEM, Leandro Vanalli, destacou a importância das ações de sustentabilidade produzidas na instituição. “Esse reconhecimento nos rankings internacionais reflete o compromisso institucional da UEM com medidas e práticas de sustentabilidade que contribuem para a preservação ambiental e para um futuro mais sustentável para todos”, declarou. “A conscientização no meio acadêmico é essencial, pois quando as pessoas compreendem a importância de proteger o meio ambiente, se tornam mais propensas às mudanças de comportamento”, completou.

 

Ações

Fatores como a cobertura vegetal do câmpus, o consumo de água e a destinação correta de lixo são levados em conta pela organização do UI GreenMetric World University Ranking 2023. Outro ponto que destaca a UEM frente às IES públicas e privadas do país é a geração de energia solar.

A Universidade conta com uma usina fotovoltaica que responde por até 10% do consumo de energia do câmpus sede, o que gera uma economia anual de R$ 200 mil. Essa produção poderia abastecer cerca de 300 residências com consumo médio de 200 quilowatt-hora por mês, ao longo de um ano. A energia gerada pelos painéis solares é distribuída e consumida por nove blocos acadêmicos da UEM.

Já o programa UEM Recicla promove orientação para cidadãos e comunidade universitária sobre ações de responsabilidade ambiental, como separação de resíduos, substituição de copos descartáveis e economia de papel em atividades administrativas. Atualmente, 95% das instalações do câmpus sede são equipadas com lâmpadas eficientes. Além disso, máquinas de ar-condicionado estão sendo substituídas por aparelhos do tipo inverter, uma tecnologia que reduz o consumo energético.

Somam-se a esses critérios a produção de conhecimento científico e a realização de ações de pesquisa e extensão no âmbito da sustentabilidade. Na UEM, os 70 cursos de graduação incluem a sustentabilidade entre os conteúdos de ensino, sendo Engenharia Ambiental e Tecnologia em Meio Ambiente específicos da área, além de um curso de mestrado no Programa de Pós-Graduação em Sustentabilidade (PSU). Entre 2020 e 2023, pesquisadores de diferentes áreas da UEM publicaram mais de 2.500 artigos científicos relacionados ao tema.

 

Rankings

Em menos de uma semana, esta é a segunda vez que um ranking internacional qualifica a UEM como uma das universidades mais sustentáveis do Brasil. Na última terça-feira (5), a consultoria britânica Quacquarelli Symonds (QS) publicou a segunda edição do QS Sustainability Ranking 2024, que avaliou quase 1400 instituições pelo mundo. A UEM foi ranqueada na 13ª colocação entre as IES do Brasil e também ficou em primeiro lugar no Paraná.

O ranking levou em conta critérios como empregabilidade de estudantes, igualdade social e de gênero, transferência de conhecimento, inserção de temas sobre sustentabilidade no ensino, comprometimento ambiental da instituição e pesquisas no campo da sustentabilidade.