Parceria foca no desenvolvimento e aperfeiçoamento de tecnologias e soluções inovadoras para preservação ambiental
Novas tecnologias e soluções inovadoras voltadas para a proteção de recursos naturais e da biodiversidade estão no foco da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e do Instituto Água e Terra (IAT). Os dois órgãos públicos estaduais acabam de assinar um Termo de Cooperação Técnica para trabalharem juntos no desenvolvimento e aperfeiçoamento de equipamentos e serviços específicos para proteção e preservação do meio ambiente.
A ação integra o Programa de Desenvolvimento Científico, Tecnológico e Inovação e Pré-Incubadora da UEM (Pro Fab Lab), que oferece à população em geral espaço equipado, com maquinário e recursos humanos capacitados, para materialização de suas ideias em produtos. Instalado no Câmpus Regional da UEM em Cianorte, o Programa vinculado ao Departamento de Design e Moda do Centro de Tecnologia da UEM oferece múltiplas possibilidades de desenvolvimento e possui três setores: Espaço Maker Fab Lab, Pré-Incubadora e Pesquisa e Inovação.
Segundo a coordenadora do Pro Fab Lab e professora associada do curso de Design da UEM, Cristina el Kattel, o objetivo da união dos órgãos foi promover uma troca de conhecimentos em que o IAT entra com o aporte de conhecimento sobre os aspectos da biologia e meio ambiente, enquanto a UEM com as pesquisas científicas e desenvolvimento de produtos.
“Eu costumo dizer que o IAT é como um Ibama estadual. Eles têm todo o aporte de conhecimento ambiental do nosso estado, podendo auxiliar no desenvolvimento de produtos que podem retornar para o meio ambiente. No momento, nós estamos em um projeto para desenvolver caixas de contenção para animais silvestres para retirá-los da natureza em segurança, seja para tratar da saúde deles devido algum ferimento ou porque ficaram órfãos”, detalha Kattel. O produto está sendo planejado para que tenha tamanho, formato, peso e logística adequadas para evitar que o animal sofra estresse.
De acordo com a professora, o chefe do escritório regional do IAT em Cianorte, Marcelo Marques, que é doutor em Biologia, será coorientador de projeto de pesquisa no Pro Fab Lab. “Com esta troca de conhecimentos, teremos a possibilidade de publicações de pesquisas científicas importantes, não somente teóricas, mas de aplicação prática de produto no meio ambiente e, assim, podemos dar um retorno real para a sociedade”, comemora Kattel.
A iniciativa do associativismo partiu do escritório regional do IAT em Cianorte. “Temos diversos níveis de conhecimentos técnicos, e essa vivência da prática, somada a metodologias científicas, pode resultar em pesquisas com uma aplicabilidade muito maior”, ressalta Marques.
Para o presidente do Instituto Água e Terra, Everton Souza, aliar o conhecimento dos servidores e bolsistas com a força acadêmica e científica da UEM é o passo inicial para que mais projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P&D+I) sejam realizados no estado. Segundo ele, essa parceria permite ao Paraná marcar presença em fóruns de debates científicos nacionais e internacionais, além de colaborar com publicações de artigos em revistas especializadas.
“Quando assumimos essa vocação pela pesquisa, quem ganha é o Paraná, pois essa integração irá se refletir na qualidade dos projetos de educação ambiental, na conscientização da população sobre sustentabilidade e meio ambiente e também na valorização do corpo de servidores técnicos que temos no IAT”, afirma Souza.
Durante visita dos representantes do IAT ao câmpus da UEM em Cianorte, a coordenadora-geral Pro Fab Lab entregou ao presidente do IAT um display de mesa com os nomes dos órgãos e o símbolo da Peroba-Rosa para marcar a parceria. A entrega do presente foi acompanhada pelo chefe regional do IAT Cianorte e o coordenador do Fab Lab, Rodolfo Miyamoto.
O plano de trabalho prevê encontros, visitas técnicas, eventos, cursos, workshops, publicações e a materialização de produtos e serviços que possam ser utilizados para promoção do aperfeiçoamento técnico-profissional e tecnológico do sistema de licenciamento e fiscalização ambiental.
“Nós temos várias possibilidades, inclusive de desenvolvimento de ambiente virtual para ensino ambiental. Ainda não posso falar muito sobre este projeto, mas estamos estruturando, já está no gatilho para darmos sequência. Outro projeto que está sendo planejado é um evento científico relacionado ao meio ambiente para o ano de 2024. Nossas expectativas são muito boas. Com certeza, nós identificamos uma possibilidade de parceria que vai dar bons frutos”, finaliza Kattel. (Com informações da AEN)