125A1113

Doença mata cerca de 10 milhões de pessoas anualmente no mundo todo e 400 mil pessoas no Brasil

O Hospital Universitário Regional de Maringá (HUM) elaborou o protocolo de Sepse, popularmente conhecida como “infecção generalizada”, que tem como objetivo ser um guia teórico e prático que orienta as medidas de modo padronizado diante da suspeita de um quadro séptico, gerando um rápido diagnóstico e eficiente tratamento. O protocolo estará disponível no próximo mês após treinamento dos profissionais de saúde.

O médico Arthur Ricachenevsky, coordenador da sala de emergência, foi o responsável pela elaboração. Ele conta que a iniciativa surgiu devido a necessidade, pois não havia protocolos atualizados ou utilizados na rotina médica. “Além disso, há grande prevalência de quadros de Sepse e choque séptico no setor de emergência, os quais geram desfechos muitas vezes desfavoráveis, principalmente se não reconhecidos a tempo e instituído o tratamento rápido”, ressalta.

Segundo Ricachenevsky o protocolo é importante, pois orienta a coleta dos exames laboratoriais específicos e das culturas, a antibioticoterapia em até 1 hora dependendo da suspeita clínica e da localização da infecção, o manejo volemico e a prescrição de medicamentos. “Essa unificação e padronização de condutas gera um rápido reconhecimento e tratamento frente ao quadro clínico, gerando melhora no desfecho prognóstico do paciente e inclusive em custos para o sistema de saúde.”

A elaboração do protocolo contou com o apoio e colaboração do Escritório de Qualidade do HUM.

Dia Mundial da Sepse: O dia 13 de setembro foi instituído como Dia Mundial da Sepse. A doença mata cerca de 10 milhões de pessoas anualmente no mundo todo e 400 mil pessoas no Brasil. “É um dia que ocorre a promoção do conhecimento, a conscientização a cerca do reconhecimento e do tratamento rápido diante de um quadro séptico, campanhas internas dentro de ambientes hospitalares , universidades e serviços de saúde, bem como a conscientização a respeito do tema dentre profissionais de saúde , estudantes, familiares e cuidadores de pacientes e população em geral”, afirma Ricachenevsky.