Missão OCDE Reunião com representantes das IEES do Paraná

Encontro teve como objetivo a consolidação das recomendações da OCDE, que teve início em municípios do estado

Foto por Lehi Illescas

Reunidos em 23 de maio, em Curitiba, os professores Rodrigo Camilo e Maurício Reinert do Nascimento, respectivamente, presidente e vice-presidente do Comitê Gestor Ambiental (CGA) da Universidade Estadual de Maringá (UEM), participaram da quarta missão da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) no Paraná, referente ao Programa Uma Abordagem Territorial dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), criado para apoiar cidades e regiões a desenvolver, implementar e monitorar estratégias para alcançar os ODS.

O encontro ocorreu no Palácio Iguaçu, na sede do Governo do Paraná. Estiveram presentes a superintendente geral de Desenvolvimento Econômico e Social (Sgdes), Keli Guimarães, o coordenador do Programa Uma Abordagem Territorial dos ODS, Stefano Marta, e o governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior.

Na apresentação inicial houve a recepção dos representantes da OCDE, em que o Paraná se destacou como o Estado mais sustentável do Brasil. A superintendente Keli Guimarães, responsável pela abertura da missão, informou que o Paraná foi escolhido como par revisor de uma região na Alemanha. Ela complementou que o objetivo do evento é a consolidação das recomendações da OCDE, na qual as discussões se iniciaram nos municípios. O coordenador Stefano Marta comentou sobre como desenvolver um sistema de indicadores de sustentabilidade e a aprendizagem com o Estado do sentido de desenvolvimento nas cidades.

Por fim, o governador Ratinho Jr. destacou que os ODS são um grande plano de governo e ressaltou o compromisso de todos os órgãos do governo nessas metas. Ele também iniciou a nova fase do convênio, com foco em ESG (acrônimo em inglês para governança ambiental, social e corporativa), estabelecendo um conjunto de boas práticas para instituições públicas e privadas. 

Além dos discursos, foi realizado um seminário em que se expôs as sete recomendações da OCDE instituídas na primeira fase da missão, sendo que quatro delas foram consideradas prioritárias. Na segunda fase, o intuito é analisar como o estado vem implantando essas recomendações, além de coletar informações adicionais. 

No mesmo dia (23), também ocorreu uma reunião de alto nível envolvendo o representante da OCDE e os representantes das Instituições Estaduais de Ensino Superior (IEES) do estado do Paraná. Foram abordadas informações coletadas em etapas anteriores da missão, a respeito da atuação das universidades em cada região do estado, possibilitando novos apontamentos por parte das IEES. Participaram representantes oficiais das seguintes instituições: Universidade Estadual de Maringá (UEM), Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) Universidade Estadual do Paraná (Unespar), Universidade Estadual de Londrina (UEL) Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Universidade Estadual do Norte do Paraná (Uenp), Universidade Estadual de Ponta Grossa (Uepg).

Representando a reitoria da UEM, o vice-presidente do CGA da universidade, Maurício Reinert, que é pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento Institucional, apresentou o que a instituição vem fazendo para alcançar os ODS da agenda 2030. “A UEM desenvolve inúmeros projetos de pesquisa, ensino e extensão vinculados aos ODS, além disso, existem estruturas institucionais que dão suporte ao atendimento da política ambiental e ao desenvolvimento da política de sustentabilidade. A universidade publica anualmente os seus relatórios de sustentabilidade considerando os ODS, possui projetos certificados com Selo ODS, além de possuir cursos de graduação e pós-graduação com vocação em sustentabilidade”, disse Reinert. O professor finalizou comentando sobre as dificuldades encontradas pelas universidades para desenvolvimento dos ODS e sobre como fazer a conexão entre as IEES do Paraná.

As sete recomendações da OCDE são:

1) Ampliar o uso dos ODS como uma ferramenta de formulação de políticas para reduzir as disparidades socioeconômicas dentro e entre os municípios; 

2) Fortalecer a coordenação estadual das políticas e ações dos ODS com os municípios e o governo federal; 

3) Integrar os ODS nos instrumentos orçamentários municipais; 

4) Alavancar a metodologia do Tribunal de Contas do Estado desenvolvida para monitorar o alinhamento orçamentário com os ODS no nível municipal; 

5) Fortalecer a coleta de dados e estatísticas para medir o progresso nos ODS em nível local; 

6) Envolver ainda mais as grandes empresas, pequenas e médias empresas (PMEs) e empresas estatais na implementação dos ODS; 

7) Fortalecer o engajamento de cidadãos na implementação da Agenda 2030.

 

*Texto redigido com a supervisão dos jornalistas da Assessoria de Comunicação Social (ASC)