Identifica o problema causado pelo novo contorno de Peabiru que afeta a ordem social como a economia da cidade
Na última sexta-feira (28), foi realizada uma reunião, no prédio da reitoria, da Universidade Estadual de Maringá (UEM), onde estiveram presentes o reitor Leandro Vanalli, o secretário estadual de Indústria e Comércio do Paraná, Ricardo Barros, e o prefeito de Peabiru, Julio Cezar Frare, para a entrega do relatório socioeconômico produzido pela instituição acerca do impacto causado pelo novo contorno rodoviário de Peabiru sobre a economia do município.
O novo contorno rodoviário de Peabiru (75 quilômetros de Maringá), na região noroeste, foi liberado ao tráfego de veículos no fim do ano passado. Com seis quilômetros de extensão, ele liga a PR-317 ao norte da cidade com a PRC-158 ao sul, sendo uma alternativa para o tráfego de longa distância não cruzar o perímetro urbano do município, que tem cerca de 14 mil habitantes. Porém essa mudança acabou acarretando aspectos que afetaram de forma negativa tanto a ordem social como a economia da cidade, muitas empresas fecharam e pessoas perderam seus empregos.
A partir de solicitação de empresários e políticos da cidade, o secretário Ricardo Barros requereu à Universidade Estadual de Maringá (UEM) a realização de um levantamento socioeconômico, afim de diagnosticar o sentimento dos empresários impactados diretamente pelo novo contorno rodoviário e pelos cidadãos acerca dessa mudança, o relatório foi entregue, em mãos, ao secretário Ricardo Barros, e também foi enviado ao secretário das Cidades do Paraná, Eduardo Pimentel. Adicionalmente, foi solicitado, também, a proposição de alternativas para minimizar esses impactos negativos ao comércio local, ao mesmo tempo que a segurança no trânsito seja preservada.
O projeto realizado identificou o problema causado pelo novo contorno na cidade e o reitor, Leandro Vanalli, explicou sua importância, “ele foi elaborado para que o município volte a ter o fluxo de pessoas, para que as empresas não fechem e os trabalhadores não percam seus empregos, devido ao desvio que a rodovia agora faz na cidade, e a universidade elaborou esse levantamento socioeconômico das possibilidades que o município tem, para geração de renda, para aberturas de empresas e também na área das estradas, para que o nosso Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR) possa fazer pequenas modificações no trajeto que venham melhorar a presença de carros e pessoas aqui no município” disse.
O secretário estadual Ricardo Barros se prontificou a ajudar. Ele agradeceu a oportunidade e garantiu que “o governo do Estado vai cooperar e recuperar essa situação com o projeto os “Caminhos de Peabiru”, que vai ser a nova ordem econômica da cidade, com o turismo religioso, onde serão feitas viagens de peregrinações, romarias, visitas a locais de caráter histórico, festas e espetáculos de cunho sagrado. Mas vamos ajudar a resolver esse problema primeiro, recuperando um pouco do movimento na rodovia para que os comerciantes possam manter os seus negócios”.
O prefeito Frare fez um agradecimento para a UEM e ao secretário por este diagnóstico realizado e afirmou que vai tomar as medidas cabíveis a fim de fomentar o comércio de Peabiru novamente.
Também participaram da reunião o vice-prefeito de Peabiru, Bruno da Silva Melo, o engenheiro do DER/PR, Carlos Guilherme Pitarello dos Santos, o coordenador técnico do Escritório de Projetos e Processos (EPP/UEM), Sidinei Silvério da Silva, empresários e vereadores da cidade.
Sobre: Os Caminhos do Peabiru são um conjunto de trilhas criadas há mais de três mil anos, que ligam o Oceano Atlântico ao Pacífico, passando pelo Paraná até o Peru. A antiga rota foi utilizada pelos índios guaranis, kaingang e xetá, além dos incas, espanhóis, portugueses, jesuítas e aventureiros, desde o século XVI. O estado está resgatando esse trajeto para criar uma rede de trilhas com atrações carregadas de histórias, lendas, aventuras e belezas naturais.