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Objetivo foi apresentar o núcleo a reitoria e estabelecer um convênio para as sementes genéticas e básicas

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O Núcleo de Pesquisa Aplicada à Agricultura (Nupagri), da Universidade Estadual de Maringá (UEM), realizou hoje (28), às 9h, um café da manhã com a presença da vice-reitora da UEM, Gisele Mendes, representando o reitor Leandro Vanalli, e dos professores criadores do projeto, Maria Celeste Gonçalves-Vidigal e Pedro Soares Vidigal Filho. O evento foi na sede do núcleo, na avenida José Alves Nendo, 496, no Jardim São Silvestre da cidade.

O objetivo do evento foi apresentar o Nupagri à Reitoria e estabelecer um convênio para viabilizar as sementes genéticas e básicas, para que possam chegar ao mercado e aos agricultores.

O Nupagri teve sua origem em um termo de cooperação técnica entre UEM e o Ministério da Agricultura em 1994, com o objetivo de permitir que a instituição utilizasse os laboratórios do setor de pesquisa do extinto Instituto Brasileiro do Café (IBC). A criação do Programa Interdisciplinar de Pesquisa Aplicada à Agricultura (Propragri) foi proposta, na época, pelos professores Pedro Soares Vidigal Filho e Maria Celeste Gonçalves-Vidigal para viabilizar o uso desses laboratórios e contribuir para a formação de recursos humanos especializados para o aprimoramento da agricultura paranaense e brasileira. 

Após 29 anos de atividades, o Nupagri é constituído por um grupo de professores-pesquisadores dedicados e competentes, sendo um dos pilares de sustentação dos Programas de Pós-graduação em Agronomia (PGA) e Pós-graduação em Genética e Melhoramento (PGM) da UEM, considerados programas de excelência pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes-Brasil). O núcleo é responsável por projetos de pesquisa em melhoramento genético do feijoeiro comum, visando resistência a doenças, genômica aplicada ao melhoramento do feijão comum; melhoramento de milhos especiais, caracterização e conservação de recursos genéticos vegetais; avaliação da qualidade das sementes, manejo e tratos culturais de mandioca, milho, feijão comum, soja e canola; melhoramento genético vegetal e biotecnologia, tecnologia de armazenamento e de secagem de sementes e de grãos.

A vice-reitora Gisele Mendes falou da relevância do Nupagri, “ele se tornou esse grande núcleo que é hoje, com importância fundamental para o Departamento de Agronomia (DAG) e para as pesquisas aplicadas, particularmente a pós-graduação, sendo um núcleo muito forte e pujante dentro do Centro de Ciências Agrárias (CCA), que hoje tem sua autonomia; então estamos aqui para comemorar e para também fortalecer a presença do núcleo dentro da UEM”.   

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Para a professora Maria Celeste, uma das criadoras do projeto, “o Nupagri é uma forma de dar sustentabilidade aos programas PGA e PGM. Além do conhecimento, propiciamos a formação de inúmeros mestres, doutores, pós-doutores e publicações internacionais. Temos reconhecimento mundial; de fato o núcleo é reconhecido em função dos nossos trabalhos realizados na área de pesquisa e ensino nesta universidade, e que rendeu prêmios internacionais”.

O núcleo tem sido responsável também pela geração de produtos de grande relevância para a agricultura. Entre esses produtos, destacam-se duas novas cultivares de feijão comum (Awauna UEM e Flor Diniz UEM), uma cultivar de mandioca chamada 'Fécula Branca', duas cultivares de milho especiais, um livro intitulado "Mandioca: do plantio à colheita" e o aprimoramento das práticas de cultivo da mandioca com a introdução do cultivo mínimo e do plantio direto. Todos esses produtos são resultado de pesquisas realizadas pelo Nupagri e são importantes para a agricultura brasileira.

O aluno egresso em Agronomia pela UEM, Lucas Silvério, que foi um dos primeiros a participar do programa, recentemente, montou um negócio, a “Improve Agrosciences”. Ela auxilia empresas de pesquisa nas áreas que tem dificuldade, “por exemplo, uma empresa trabalha com pesquisa e tecnologia, gera um produto, então auxiliamos a colocar ele no mercado. No caso aqui do Nupagri, o núcleo desenvolveu dois cultivares de feijão, a nossa empresa vai auxiliar, encontrar empresas para que multipliquem essas sementes e vendam para o agricultor; nós fazemos essa ponte. Não interessa a tecnologia ficar dentro do laboratório, ela tem que chegar ao agricultor, ao campo, nosso papel é fazer essa ponte, do produto pronto para que ele chegue até os agricultores, papel dos multiplicadores, de pessoas que produzam essa semente e possam disponibilizar para os agricultores”, disse Silvério.

Por fim, destaca-se a premiação internacional da professora Maria Celeste com o Prêmio “Meritorius Services in Research and Education” 29th Biennial Meeting of the Bean Improvement Cooperative, promovido pela Michigan State University e da estudante de doutorado Mariana Vaz Bisneta.

Esses prêmios destacam a qualidade e o impacto das pesquisas realizadas no Nupagri, bem como o reconhecimento internacional da excelência da equipe de professores e pesquisadores do centro. Tais premiações também demonstram a importância do núcleo para o avanço da ciência e tecnologia aplicada à agricultura no Brasil e no mundo.

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Segundo o professor Pedro Vidigal, “o país passou e tem passado por muitas dificuldades nos últimos quatro anos, de abandono da ciência e tecnologia, e no Paraná a situação foi a mesma; então nós precisamos de apoio, pois é muito bonito termos resultados para apresentar, mas temos demandas que precisam ser atendidas no sentido de continuidade do trabalho, e é importante que a instituição esteja ciente do processo. Me aposentei recentemente, mas pretendo continuar como voluntário por mais um período, mas para isso é preciso que nós do núcleo sejamos estimulados a dar essa sequência, por isso convidamos a reitoria para vir aqui e que ele possa efetivamente tomar ciência da realidade do Nupagri”.

Também estiveram presentes a diretora do CCA, Adriana Aparecida Pinto, o diretor-adjunto do CCA, Carlos Alberto de Bastos Andrade, a prefeita do Câmpus, Doralice Soares, a chefe-adjunta do DAG, Adriana Gonela, a coordenadora do PGM, Maria Cláudia Colla Ruvolo Takasusuki, o coordenador do Programa de Pós Graduação em Zootecnia (PPZ), Ferenc Istvan Bánkuti, e outros convidados.