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Casas integram primeiro edifício residencial habitável construído com esta tecnologia na América do Norte

Foto por Dan Janisse/Windsor Star

Os formados em Engenharia Civil, pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), Juliana Santos Wagner, Marcos Vinicius Gil Silveira e Bruno Paini participaram da construção das primeiras casas impressas em concreto 3D para uso residencial no Canadá. Gustavo Teixeira Mesquita, formado em Engenharia Elétrica e Mecatrônica pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (Mackenzie), também auxilou na construção. O projeto foi realizado em colaboração com a Universidade de Windsor (University of Windsor) do Canadá, a organização sem fins lucrativos Habitat for Humanity Windsor-Essex, a corporação federal Canada Mortgage and Housing Corporation (CMHC) e a empresa especialista em impressão 3D de construção nidus3D.

As casas fazem parte do primeiro edifício residencial habitável construído com tecnologia de impressão de concreto 3D (3DCP) na América do Norte. Os materiais cimentícios que sustentam as quatros kitchenettes foram impressos em camadas por uma impressora 3D. Com 208m2, a primeira casa, desenvolvida em 2022, é neutra em carbono e adequada para até três moradores. Ela faz parte da ONG The Bridge Youth Resource Centre e está localizada em Leamington, município do Condado de Essex, em Ontário, no Canadá.

O papel de Marcos Silveira foi realizar projetos das espécimes impressas em 3D e auxiliar no projeto da casa por meio utlizando a tecnologia Modelagem da Informação da Construção (BIM), além de preparar os arquivos da impressão utlizados em todo o projeto. Bruno Paini foi responsável por auxiliar na coodernação da obra e na colaboração das partes envolvidas com a prefeitura. Juliana Wagner propôs e adaptou ensaios de materiais para espécimes impressas em 3D, fez o controle de qualidade do concreto utlizado na obra e gerou os relatórios técnicos. E Gustavo Mesquita foi voluntário para a Habitat for Humanity Windsor-Essex durante a impressão da casa.

O projeto fez parte do doutorado de Silveira e Paini, do curso de mestrado em Engenharia de Estruturas e Materiais pelo Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil (PCV/UEM) de Wagner e do mestrado em Engenharia Elétrica e de Computação de Mesquita. Ele apresenta uma relevância para o Canadá e para o mundo da impressão 3D, além de se tornar uma solução para a atual crise imobiliária do país. As impressões podem aumentar a eficiência da construção, aumentar a densidade habitacional, reduzir alguns custos associados à moradia e torná-la acessível a todos. Atualmente a casa é habitada por jovens em situação precária.

Marcos e Bruno

Obra levou cerca de um ano para ser finalizada, a impressão durou ao todo 45 horas

 

*Texto redigido com a supervisão dos jornalistas da Assessoria de Comunicação Social (ASC)