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Patentes concedidas contemplam áreas de engenharia mecânica, meio ambiente e saúde; UEM já soma 60 concessões

A Universidade Estadual de Maringá (UEM) foi contemplada com quatro cartas patentes emitidas pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) no mês de março. As invenções “Processo de Obtenção de Biomembrana para Tratamento de Lesões na Pele e Produto Obtido”, “Equipamento para separação de vidro e PVB”, “Prensa móvel enfardadeira de sucata”, e “Processo de Hidroisomerização dos Resíduos da Síntese de Fischer-Tropsch usando Catalisador Bifuncional” foram contempladas nos dias 7, 21, 21 e 28 de março respectivamente. 

 

Processo de Obtenção de Biomembrana para Tratamento de Lesões na Pele e Produto Obtido

O projeto é resultado de uma parceria entre a UEM, a Universidade Tiradentes de Aracaju  (Unit), e a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), de Cascavel. Os pesquisadores responsáveis pelo desenvolvimento da tecnologia são os professores da UEM, João Carlos Palazzo de Mello e Eneri Vieira de Souza Leite Mello, a professora do Centro Universitário Ingá (Uningá), Daniela Cristina de Medeiros Araújo, a professora da Unioeste, Fernanda Giacomini Bueno e as pós-graduandas no Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêutica (PCF) da UEM, Taísa Dalla Valle Rörig Ribeiro, Ana Carolina Guidi e Mariana Nascimento de Paula.

A biomembrana desenvolvida é formada por um colágeno hidrolisado, extratos hidroacetônicos de Stryphnodendron adstringens e Abarema cochliacarpa, ricos em substâncias antioxidante, água destilada e plastificante que permitem a rápida recuperação da pele lesionada. Além disso, sendo um fluido translúcido, sua aplicação consegue ser monitorada para que o processo de cicatrização ocorra sem que haja necessidade de remoção e troca periódica, conferindo estreita adesão ao tecido lesado. Para outras informações, confira um vídeo preparado pelo Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP).

 

Prensa móvel enfardadeira de sucata

Os pesquisadores responsáveis pelo desenvolvimento do equipamento são os professores do Departamento de Engenharia Mecânica (DEM), Flávio Clareth Colman e Luiza Helena Costa Dutra Sousa, o mestrando em Engenharia Mecânica pela UEM, Guilherme Henrique Zotto Johanses, o doutorando em Engenharia Mecânica e de Materiais pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Guilherme Augusto Mantovani e o engenheiro mecânico, Bruno de Lourenço Abdalla.

Com o objetivo de auxiliar na reciclagem de metais, principalmente de materiais oriundos de automóveis, o equipamento criado consiste em uma prensa instalada sobre a carroceria de um caminhão, de quatro eixos, sendo o dianteiro simples e o traseiro triplo com doze rodas no total. O material metálico é comprimido por meio da potência proveniente de um sistema hidráulico, seu reservatório e componentes, colocado sobre a carroceria do caminhão. Por fim, um guindaste equipado com uma garra instalada sobre a carroceria do caminhão realiza as movimentações necessárias de inserção da matéria-prima e retirada do material processado. Essa invenção visa reduzir o volume ocupado por uma amostra de sucata de aço de automóveis, diminuir o custo com transporte destes materiais e agregar valor ao material processado. Para outras informações acesse aqui.

 

Equipamento para separação de vidro e PVB (polivinil butiral)

Os pesquisadores responsáveis pelo desenvolvimento do equipamento são os professores do DEM, Luiza Helena Costa Dutra Sousa e Flávio Clareth Colman, e os engenheiros mecânicos, João Sebastião Ferreira Neto e Arthur Guilherme Robles de Oliveira. 

O equipamento foi projetado para realizar, a seco, a separação do vidro e PVB de para-brisas de automóveis de passeio, caracterizando um menor consumo de energia. Ele possui o objetivo de auxiliar a reciclagem de para-brisas, manter os aterros mais limpos, além de facilitar o transporte para sua destinação final. Além disso, é uma invenção em que não é necessário realizar tratamento de água, uma vez que não polui os rios com água contaminada, levando assim a diminuição de custos. Para outras informações clique aqui.

 

Processo de Hidroisomerização dos Resíduos da Síntese de Fischer-Tropsch usando Catalisador Bifuncional

Sendo uma parceira entre a UEM e a UTFPR, os pesquisadores responsáveis são o professor do Departamento de Engenharia Química (DEQ), Pedro Augusto Arroyo, os professores da UTFPR, Elciane Regina Zanatta e Murilo Pereira Moisés.

O catalisador bifuncional Pt/Al-SBA-15 é usado no processo de hidroisomerização de resíduos da Síntese de Fischer-Tropsch, ou seja, permite uma seletividade maior de frações pesadas de n-parafinas para a produção de óleos base que poderão ser utilizados para a produção de lubrificantes de última geração e alto desempenho. Os lubrificantes obtidos usando este processo são menos prejudiciais ao meio ambiente, tendo em vista a menor concentração de enxofre e, matéria-prima renovável. Para outras informações acesse este link

Com esta concessão, a Universidade conta com 60 patentes concedidas e aguarda a análise de outros 74 pedidos que estão sendo depositados junto ao INPI.

 

*Texto redigido com a supervisão dos jornalistas da Assessoria de Comunicação Social (ASC)