Cerimônia de posse ocorreu no auditório da Biblioteca Central; os novos membros permanecem com o mandato até 2026
Na tarde de sexta-feira (24) foram empossados, pela Reitoria, os novos ocupantes dos cargos do Conselho de Integração Universidade-Comunidade, da Universidade Estadual de Maringá (UEM). A cerimônia ocorreu no auditório da Biblioteca Central (BCE), no câmpus sede da instituição.
Entre os empossados estão o reitor Leandro Vanalli e a vice-reitora Gisele Mendes, além dos ex-reitores Neumar Adélio Godoy, Paulo Roberto Pereira de Souza, Décio Sperandio, Luiz Antônio de Souza, Neusa Altoé, Gilberto César Pavanelli, Angelo Aparecido Priori, Júlio Santiago Prates Filho, Mauro Luciano Filho e Julio César Damasceno. Estiveram presentes os ex vice-reitores: Manoel Jacó Garcia Gimenes, José de Jesus Previdelli, Mário Luiz Neves de Azevedo e Ricardo Dias da Silva.
Tomaram posse como representante da comunidade científica o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Mauro Antônio da Silva Sá; o representante da Associação dos Municípios de Setentrião Paranaense (Amusep), Crisógono Noleto e Silva Júnior; do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá (Codem), John César de Souza; da Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim), Luzia Mitsue Yamashita Deliberador; da Sociedade Rural de Maringá (SRM), Maria Iraclézia de Araújo; dos movimentos sociais, Cristiane Quitéria Lopes Tanizafo; e a representante dos movimentos sociais, Vera Lúcia Pedroso Nogueira.
Como representantes titulares foram empossadas Bruna Barbosa Barroca, do Poder Executivo e Ana Lúcia Rodrigues, da Câmara de Maringá; do Poder Judiciário Rafael Altoé; do governo do Estado do Paraná, Aldo Nelson Bona; como o representante da Assembleia Legislativa, deputado Evandro Araújo; e a representante do Conselho Municipal de Educação, Priscila Aparecida Tencati.
Os conselheiros têm como papel restabelecer a ligação entre a comunidade científica, propondo ações conjuntas de interesse social, econômico, tecnológico, artístico e cultural para a região de influência da universidade. Além disso, objetivam propor um projeto que visa a integração da universidade e a comunidade regional e local na elaboração do Plano de Desenvolvimento Institucional e as políticas, programas e serviços para o plano de gestão da Universidade.
Na cerimônia, fizeram uso da palavra o ex-reitor Jacó Gimenes, a diretora-presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Maringá (Ipplam), Bruna Barroca, a ex-reitora Neusa Altoé, a atual vice-reitora Gisele Mendes e o reitor Leandro Vanalli.
A diretora presidente do Ipplam, Bruna Barroca, afirmou que a integração da quádruplice hélice “poder público, universidade, sociedade civil e comunidade" é fundamental para Maringá ser reconhecida como uma cidade sustentável, sendo necessário desenvolver a responsabilidade ambiental, uma economia sustentável e a vitalidade dos espaços urbanos, sempre pensando em suprir a necessidade da geração atual sem comprometer recursos e a capacidade de atender as necessidades futuras.
Barroca ainda destacou que a UEM é uma instituição pública com trabalhos científicos de excelência e reconhecida internacionalmente, além de contribuir com o desenvolvimento tecnológico, difusão da cultura e formação de conhecimento. "A universidade sempre esteve à disposição da comunidade e do poder executivo, buscando uma interação, pincipalmente, em projetos e pesquisas que qualifiquem as ações e a tomada de decisão, o que faz com que a universidade se destaque como uma das melhores do país", disse a diretora do Ipplam.
A ex-reitora da UEM, Neusa Altoé, comentou que “as universidades gozam, na forma da lei, de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial e obedecerão ao princípio da indissocialização entre ensino, pesquisa e extensão. Autonomia financeira não regulamentada até hoje”.
Altoé reiterou ainda que, nas décadas de 80 e 90, a educação pública do Brasil enfrentou uma redução gradativa de seu financiamento por parte do estado. "O estado diversificou as fontes de financiamento, permitindo as fundações de apoio institucional, incentivando as atividades de prestação de serviços, as consultorias, assessorias e outros. Assim, as instituições de ensino superior foram pressionadas cada vez mais a buscar por conta própria a sua sobrevivência por meio de novas formas de financiamento. A crescente desobrigação do estado para com o financiamento do ensino superior público estadual pode ser facilmente demonstrada a partir da análise dos valores pagos com a manutenção do ensino superior", comentou.
A vice-reitora Gisele Mendes disse que o “conselho é importantíssimo, destinado a fazer a ponte entre a UEM e a sociedade. Sua função é propor ações conjuntas de interesse da comunidade e da universidade, visando o desenvolvimento educacional, científico, tecnológico, econômico, social, artístico e cultural para a região da área de influência da UEM”.
Mendes ainda ressaltou que a atual gestão da universidade estabeleceu como premissa a abertura da UEM para a sua comunidade interna e externa. “A UEM leva e eleva o nome de Maringá para toda a nossa região, estado e país, mas ela não está presente apenas neste município. É uma instituição multicampi com a importante missão de gerar desenvolvimento em mais seis câmpus regionais: Cianorte, Cidade Gaúcha, Goioerê, Diamante do Norte, Ivaiporã e Umuarama, e ao tomar posse, iniciamos nossas visitas como forma de reconhecer a realidade da UEM nestes municípios e as principais demanda locais”. A vice-reitora aproveitou também para elencar algumas das principais realizações da gestão.
O ex-reitor Manoel Jacó Garcia Gimenes, ao falar sobre o papel do conselho, enfatizou que “a UEM tem um conselho superior denominado Conselho de Integração Universidade-Comunidade. O próprio nome já diz tudo. Enquanto os outros conselhos são conselhos endógenos, digamos conselhos corporativos da própria instituição, este abraça a sociedade, a sociedade organizada com seus representantes. Então, a ideia na reforma estatutária de 2008 é você ter dirigentes máximos da instituição, ao longo da história, como lideranças representativas. Isto, de uma maneira harmônica, vai aproximar a universidade dos anseios, das necessidades e dos sonhos e, em contrapartida, receberá o melhor entendimento do papel de uma universidade, das suas necessidades e dos investimentos que se fazem necessários”.
O reitor Leandro Vanalli destacou a importância do conselho, dizendo que o "colegiado foi criado para que a comunidade se faça representar na instituição. É um conselho consultivo, constituído por ex-reitores, ex-vice-reitores e também por membros de toda nossa comunidade, representantes de organizações, da prefeitura, da associação comercial e outros participantes. Ele é importante porque serve, além de consultor aos interesses de nossa UEM, também como agente articulador em benefício do crescimento, da consolidação, da defesa da nossa universidade. E é tão importante para nossa região, para o Paraná e para o nosso Brasil".