biopsia

Trabalho mostra ser possível identificar câncer explorando propriedades de textura do tecido do fígado

Um trabalho de pesquisa sobre detecção de câncer em amostras de tecido tiradas do fígado, desenvolvido pelos laboratórios de Sistemas Interativos e Inteligentes e de Plasticidade Neural Entérica, da Universidade Estadual de Maringá (UEM), envolvendo alunos de graduação e de pós-graduação, foi capada edição especial da revista MDPI, sigla para Multidisciplinary Digital Publishing Institute, uma editora de periódicos científicos de acesso aberto, sediada na Suíça. 

A pesquisa realizada e publicada na revista tem como título “Cancer Identification in Walker 256 Tumor Model Exploring Texture Properties Taken from Microphotograph of Rats Liver”. Numa tradução livre, seria “Identificação de câncer em modelo de tumor Walker 256 explorando propriedades de textura tiradas de microfotografia de fígado de ratos”.

Estudos recentes avaliam a presença de padrões associados à ocorrência de câncer em diferentes tipos de tecidos presentes na pessoa acometida pela doença. Neste artigo, a equipe de pesquisadores da UEM descreve os resultados preliminares para a detecção automática de câncer (tumor Walker 256) em animais de laboratório usando imagens pré-clínicas de microfotografia do tecido hepático do sujeito. 

Os cientistas exploraram dois tipos diferentes de descritores para capturar as propriedades de textura das imagens, além de terem avaliado a complementaridade entre eles. Empregaram o Local Phase Quantization (LPQ), um descritor baseado em informações espectrais, e um segundo construído pela aplicação de uma granulometria dada por uma família de filtros morfológicos. 

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Capa da revista da editora MDPI com a pesquisa feita na UEM

Experimentos feitos em um conjunto de dados selecionados pelo Laboratório de Plasticidade Neural Entérica mostraram que ambos os descritores de textura fornecem bons resultados nesse cenário. Os resultados obtidos mostram que é possível realizar automaticamente a identificação do câncer em animais de laboratório, explorando as propriedades de textura encontradas no tecido retirado do fígado. Além disso, os pesquisadores observaram alto nível de complementaridade entre os classificadores criados usando LPQ e propriedades de granulometria na aplicação abordada aqui.

 

Pioneira

Pioneira na publicação de acesso aberto acadêmico, a editora MDPI apoia comunidades acadêmicas desde 1996. MDPI é um acrônimo organizacional usado por duas organizações relacionadas, a Molecular Diversity Preservation International e o Multidisciplinary Digital Publishing Institute.

Com sede em Basel, na Suíça, o MDPI tem a missão de promover o intercâmbio científico aberto em todas as formas, em todas as disciplinas. Em junho de 2022, o MDPI publicou quase 400 periódicos acadêmicos, incluindo 93 indexados no Science Citation Index Expanded e 8 periódicos indexados no Social Sciences Citation Index.