Sugestão pode ajudar crianças da creche, pacientes do hospital, usuários do RU e pequenos produtores rurais
Em visita à Universidade Estadual de Maringá (UEM), hoje (11), onde foi recebido pelo reitor Julio César Damasceno e o vice-reitor Ricardo Dias Silva, o superintendente geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), Aldo Bona, além de ter tratado sobre a gestão das universidades públicas paranaenses, recebeu a proposta de um projeto apresentado pelo professor Leandro Dalcin Castilha, representando o Departamento de Zootecnia da UEM.
O projeto visa fortalecer a interação universidade e comunidade por meio da readequação estrutural da Fazendinha Escola da UEM, com foco em melhorias na formação de recursos humanos qualificados, capacitação e atendimento das demandas de pequenos produtores e produção de produtos de origem animal com padrão de excelência. Para isso, serão utilizada a abordagem territorial para os objetivos do desenvolvimento sustentável no Paraná.
O público alvo são consumidores de produtos de origem animal gerados na fazendinha da UEM a partir das melhorias executadas (crianças matriculadas na creche da universidade, pacientes do hospital universitário e usuários do restaurante universitário), além dos consumidores locais que frequentam o entreposto de vendas de produtos da fazendinha. O projeto também visa beneficiar pequenos produtores rurais e usuários de entidades especializadas como o Sebrae, Faep/Senar, IDR, a Embrapa, entre outros, beneficiados pelos cursos, treinamentos e ações de transferência de tecnologia.
Além disso, os estudantes dos cursos de graduação e pós-graduação do Centro de Ciências Agrárias (CCA) da UEM terão uma elevação no padrão de qualidade das atividades letivas, de pesquisa e extensão desenvolvidas na fazenda da UEM, melhorando também a qualidade do recurso humano formado para atender às demandas do mercado de trabalho.
A estimativa é que se sejam beneficiadas cerca de 120 pessoas por ano da creche, duas mil/ano do HU, 2.200/dia do RU, 10 mil/ano do posto de vendas interno, 50/ano de pequenos produtores rurais e em torno de 1 mil estudantes/ano dos cursos ligados às ciências agrárias. Isso perfaz um total de 15.370 favorecidos.
Marco legal
Na entrevista à Rádio UEM FM, o reitor relatou que na conversa com Bona foram dados enaminhamentos sobre o restaurante universitário, reaberto hoje, como por exemplo a questão do registro de preços e do subsídio. Damasceno disse ainda que a gestão vem trabalhando para que sejam servidas também refeições à noite.
Na avaliação do superintendente, o RU é importante também para assegurar a permanência do estudante na universidade. “A gente sabe das dificuldades, dos desafios que as famílias enfrentam para estudar seus filhos”, disse.
Ele aproveitou para informar que foi conversado com o reitor e o vice a importância de se criar um marco legal, de forma que se tenha respaldo jurídico para tornar perene o subsídio ao restaurante da UEM.
O superintendente, que à tarde visitará o estande da UEM na Expoingá, assegurou que participar de uma feira como esta é mais uma forma de a universidade mostrar o que vem desenvolvendo e o que poderá desenvolver. Segundo ele, a Seti tem estimulado as universidades estaduais paranaenses a participarem de espaços rurais desta natureza.
Conforme ele, há riqueza a ser mostrada, já que o sistema de ensino superior público estadual é “robusto”. Para Bona, a presença da UEM na feira é a oportunidade de a academia poder conectar a necessidade com a oferta de soluções.