Universidade e o IDR possuem vários projetos em parceria e estão discutindo novas ideias de cooperação
A Universidade Estadual de Maringá (UEM) recebeu nesta quarta-feira (13) a visita do gerente mesorregional noroeste do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar – Emater (IDR/Paraná), José Jaime de Lima.
Jaime, como é conhecido, foi recebido pelo reitor Júlio Cesar Damasceno, acompanhado do assessor para os câmpus regionais, Jefferson Botelho. O gerente assumiu oficialmente o cargo em 1º de abril, para coordenar as atividades do IDR nas regiões de Maringá, Paranavaí, Cianorte e Umuarama.
Além de se apresentar e se colocar à disposição para novas parcerias, Jaime, engenheiro agrônomo formado pela UEM, relembrou de alguns trabalhos em andamento e de novas ideias para futuras cooperações com a universidade.
Das parcerias em andamento foi citado, por exemplo, o projeto de capacitação em irrigação, cuja execução depende agora de recursos que estão sendo gestionados junto à Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) para aplicá-los em treinamento que será dado por profissionais da UEM.
Outra cooperação em curso é a Unidade Mista de Desenvolvimento Territorial (UMDT), que, entre vários objetivos, visa fomentar a agroindústria nos municípios de acordo com a vocação e o potencial econômico de cada um.
Também já iniciado em termos formais, um terceiro projeto em comum é o termo de cooperação técnica com o IDR/PR, assinado em 7 de abril, em Londrina, para, inicialmente em 2022 e 2023, estimular e valorizar o trabalho de cerca de mil agricultores familiares e artesãos envolvidos em turismo rural, agroindústria, cooperativismo e promoção da cidadania. A ideia é que a UEM, por meio do curso de Design em Cianorte, possa colaborar na criação de novos modelos, por exemplo, de souvenirs, que empreguem cultura, conhecimento tradicional e simbolismo ao mesmo tempo em que haja geração de emprego e renda no campo.
Além destas, está em execução o cultivo e a comercialização de plantas comestíveis não convencionais (PANCs). O projeto seria focado na conquista do mercado da alta gastronomia, consumidor deste tipo de planta.
Uma outra ideia em discussão envolve o estímulo à cadeia produtiva do algodão colorido orgânico, num trabalho que englobaria do cultivo à venda dos produtos. O projeto buscaria valorizar principalmente o trabalho das mulheres no meio rural e teria, em princípio, até um nome provisório: Mulheres de Fibra.
Por fim, a elaboração da proposta que consiste na criação de um polo de pesquisa, capacitação e difusão do leite, abrangendo os cursos de Agronomia e Medicina Veterinária da UEM. O prédio seria instalado em Umuarama, aproveitando que na cidade funciona também um colégio agrícola estadual. O cálculo é que a construção do polo de pesquisa demandaria em torno de R$ 300 mil.
Seminários
Damasceno, Jaime (de branco) e Jefferson, no Gabinete da Reitoria
O reitor aproveitou para destacar a importância do projeto da UMDT. Damasceno sugeriu a realização de seminários que possam canalizar os debates de forma a concentrar esforços sobre o que já foi definido e quais serão os próximos passos nesta parceria, criada para estimular a geração de emprego e renda, além de fixar as pessoas nas cidades de origem, com o consequente reflexo na arrecadação dos municípios.
Conforme a proposta do reitor, o primeiro desta série de seminários pode ser realizado durante a Feira Agropecuária de Maringá (Expoingá), em maio. Ele lembrou que a UEM estará com uma grande inserção nesta edição da Expoingá, marcando presença com vários projetos desenvolvidos pela universidade.