Atividades são destinadas a agentes da educação básica
O Programa Multidisciplinar de Estudo, Pesquisa e Defesa da Criança e do Adolescente (PCA), da Universidade Estadual de Maringá (UEM), deu início, na última terça-feira (4), ao curso de formação continuada “Educação Social, direitos humanos e escola”. A iniciativa é direcionada a equipes da educação básica das secretarias municipais de diversas cidades do Paraná.
O projeto de formação é uma ação da Coordenadoria de Apoio à Educação Básica (CAE) da UEM, que tem como objetivo estabelecer uma ponte direta entre o conhecimento científico produzido na Universidade e as secretárias de educação do Paraná. O PCA está cuidando do eixo de Educação Social neste grande projeto, pensando propostas de intervenção para os municípios atendidos.
“A proposta é promover debates, reflexões e aprendizagens com enfoque educativo sobre os direitos humanos entre a comunidade escolar, contribuindo para a busca da garantia da convivência cada vez mais participativa e pacífica, de todos os sujeitos envolvidos na formação humana”, disse a coordenadora do PCA, Paula Marçal Natali.
Conteúdo – A primeira aula do curso foi ministrada pelos educadores sociais João Alfredo Martins Marchi, Ana Paula Vila Labigalini e Patrícia Cruzelino Rodrigues, membros do PCA. Eles introduziram noções sobre os direitos humanos e a promoção da igualdade social, explicando as atribuições e os campos de atuação da Educação Social. “A educação social é a que se faz na escola, não temos como pensá-la longe da educação escolar”, disse a educadora Patrícia Cruzelino.
João Marchi trouxe um apanhado de informações sobre as construções da infância desde a modernidade, quando o conceito começou a ser trabalhado, e contou que as crianças têm as suas próprias concepções do mundo, que são muito diferentes da visão adulta, por isso “é preciso que questionemos sobre qual é a criança que a sociedade defende, em uma conversa sobre direitos, expressão e ludicidade”.
Ana Paula Vila Labigalini apresentou dados estatísticos sobre a evasão escolar para fazer os alunos pensarem sobre que políticas públicas devem ser trabalhadas para que as crianças e adolescentes possam retornar à escola. “Os adolescentes querem participar de espaços que promovem inclusão democrática. Então, qual o lugar das infâncias e adolescências nas políticas públicas de garantia dos direitos humanos?”, questionou a professora.
O curso está acontecendo de forma virtual, com exposições, debates, leituras e reflexões sobre o tema. Onze ministrantes da equipe do PCA participarão. A previsão de término é em novembro deste ano. O próximo encontro acontece no dia 18.
Texto produzido em colaboração com o estagiário da PEC/PCA, Rafael Assunção, aluno do curso de Comunicação e Multimeios da UEM.