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Universidades atenderam ao convite do Estado do Paraná para reforçar os serviços oferecidos à população

As Instituições Estaduais de Ensino Superior (IEES) vão participar do I Workshop de Integração em Ciências Forenses das Universidades do Paraná. A ideia é apresentar o potencial de desenvolvimento de ações em ciências forenses e segurança pública para a construção da Rede Estadual de Ciências Forenses do Paraná. O encontro está marcado para a próxima quarta-feira (16) e será realizado de forma remota.

Segundo o professor do Departamento de Odontologia (DOD), da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Luiz Fernando Lolli, que coordena a iniciativa na UEM, está ocorrendo um movimento de fortalecimento das ciências forenses e de segurança pública em todo o Estado. No mês de setembro, foi lançado o Novo Arranjo de Pesquisa & Inovação – Napi, em Ciências Forenses e Segurança Pública. Mais recentemente, surgiu a ideia de construção da Rede Estadual de Ciências Forenses do Paraná, fruto de uma parceria entre a Superintendência de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI) e a Secretaria de Segurança Pública do Paraná (SSP).

O professor Luiz Fernando Lolli (foto abaixo) explicou que, durante o ano 2020, a Universidade promoveu vários debates com o Instituto Médico Legal de Maringá (IML), no sentido de fazer uma parceria para pesquisa, atividades de ensino e extensão, com apoio da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (PEC). Em agosto, a proposta de parceria foi ampliada para um Termo de Cooperação Técnica entre UEM e Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP), por meio da Polícia Científica do Paraná. O Termo foi aprovado, recentemente, em 3 de dezembro, no Conselho de Administração da Universidade, o CAD.

luiz fendnado lolli

Reunião – Outro passo importante foi dado na terça-feira (8), da última semana. Pesquisadores, técnicos e professores participaram de uma reunião com os dirigentes da Polícia Científica de Maringá. O encontro ocorreu de forma remota e teve como objetivo mostrar a expertise da Universidade em diversas áreas do conhecimento, relacionadas à ciência forense e que podem contribuir com futuras ações de aprimoramento dos órgãos de investigação e segurança.                  

“Percebemos que existe na UEM vários pesquisadores realizando estudos em ciências forenses e segurança pública, mas cada um dentro de seu nicho. Assim, pensamos na proposição de um Núcleo que possa integrar estes pesquisadores para a construção de novos saberes num contexto transdisciplinar”, salienta Lolli. A ideia é criar o Núcleo de Estudos em Ciências Forenses e Segurança Pública na UEM. Paralelamente, para subsidiar a construção da Rede Estadual de Ciências Forenses foi sugerida a organização de um Workshop com a participação de outras IEES.

Segundo Luiz Fernando Lolli, o potencial da Universidade de Maringá é enorme. Considerando a construção da Rede Estadual, foi elaborado um ofício convidando a todos os pesquisadores da UEM que desenvolvem ações relacionadas às áreas em questão, que redundou na reunião realizada no dia 8.

“Ao todo, 27 pesquisadores responderam ao convite em um primeiro momento. Porém, este número já passa de 35 interessados. Verificamos que a UEM já desenvolve muitas atividades e possui uma enorme perspectiva de ampliação de ações em ciências forenses e segurança pública. O próximo passo é levantar dados de produção dos pesquisadores e da infraestrutura da UEM que demonstrem as ações já realizadas e o potencial de crescimento e de trabalho em rede. Responderam à consulta as áreas de Direito, Odontologia, Medicina, Farmácia, Informática, Ciências Morfológicas, Física, Química, Filosofia, Biotecnologia, Genética e Biologia Celular, Pedagogia, Engenharia Elétrica e Estatística.”, informou Lolli.

Além dos pesquisadores convidados da UEM, participaram da reunião da última terça-feira (8), a pró-reitora de Extensão e Cultura, Débora Sant'Ana; o chefe da Polícia Científica de Maringá, Luís Gustavo Toledo Zulai; a chefe do IML de Maringá, Jaqueline de Moura; e peritos da polícia científica da cidade.