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Núcleo local da entidade foi criado por meio de projeto de extensão do curso de Arquitetura e Urbanismo, da UEM

O Núcleo Maringá do BrCidades publicou seu primeiro boletim de monitoramento da Covid-19, na área urbana de Maringá. A análise é referente ao período de maio a agosto deste ano. O trabalho conta com a participação de professores e pesquisadores da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e outras instituições de ensino e órgãos públicos.

O BrCidades é uma rede de mobilização nacional que visa à construção coletiva de cidades socialmente justas e ambientalmente viáveis. A organização conta com núcleos em vários estados e cidades do Brasil. Em Maringá, ele foi institucionalizado como projeto de extensão do curso de Arquitetura e Urbanismo (DAU/UEM) e é coordenado pela professora Beatriz Fleury e Silva. 

A pesquisa que culminou na publicação do boletim da Covid-19 envolve questões do Urbanismo e tem a colaboração da área de Geografia. Para Beatriz Fleury e Silva, a parceria entre os dois campos é de extrema importância, visto que, “são áreas muito correlatas e ambas possuem, no caso do boletim, a cidade de Maringá como objeto de estudo e intervenção. Enquanto a Geografia tem a competência para realizar uma análise profunda do território, a Arquitetura e Urbanismo pode complementar esta análise, mas, sobretudo, incidir neste território com ações de planejamento, que direcionem para um melhor desenvolvimento urbano. Em se tratando da Covid-19, são áreas que analisam com propriedade as implicações do vírus na área urbana”. 

Ainda de acordo com a professora, é muito importante conhecer o comportamento do vírus que causa a Covid-19 na cidade. Essas informações podem ajudar a restringir a ação do novo coronavírus, porque ajudam a promover melhores ações de planejamento, "como uma lei de zoneamento urbano que promova uma distribuição mais equilibrada de usos na cidade. Podemos, por exemplo, incentivar o comércio e serviços de bairro, diminuindo a demanda de pessoas pelo centro e, assim, diminuindo a aglomeração urbana nesta área. Isso também reduziria a demanda por viagens bairro-centro, auxiliando na mobilidade urbana”, explica a coordenadora do BrCidades Maringá.

Destaque - A análise dos dados coletados, que faz parte do Boletim, apontou que a maioria dos casos tem incidência na área central de Maringá e entre pessoas de alta renda, o que mostra um comportamento distinto em relação à maioria dos municípios médios e metrópoles, nos quais a incidência tem sido maior nas regiões onde vivem famílias de baixa renda.

A publicação da BrCidades foi elaborada pelo GT “Ações Covid-19”, do grupo. Fazem parte da equipe: o geógrafo e mestrando do Programa de Pós-Graduação em Geografia (DGE/UEM), Rodrigo Blaudt Lima da Silva; a acadêmica de Geografia na UEM, Ana Lívia Braido de Sousa; a arquiteta e urbanista Carolina de Paula Menarim; a acadêmica de Arquitetura e Urbanismo da Feitep, Beatriz Bernardi Machado;  a jornalista e assessora técnica do Conselho Municipal da Juventude, Fernanda Gomes da Silva Pires; a acadêmica de Arquitetura e Urbanismo da UEM, Maria Cecília Ferreira Martins; a arquiteta e urbanista, mestre em Metodologia de Projeto, a professora Maysa Pinhata Battistam; além da professora Beatriz Fleury e Silva.

O Boletim completo pode ser acessado pela Plataforma PRCONTRACOVID, no link: https://sites.google.com/view/prcontracovid, ou nas redes sociais do Brcidades Maringá, Facebook e Instagram. Para entrar em contato com o Núcleo de Maringá o e-mail é: brcidadesmaringa@gmail.com.

Texto produzido em colaboração com a bolsista do curso de Comunicação e Multimeios da UEM da PEC, Milena Massako Ito.