Primeira reunião do grupo (foto acima), online, ocorreu na terça-feira, com a presença do presidente da agência *
A Universidade Estadual de Maringá vai participar, com outras 12 instituições de ensino superior brasileiras, do projeto-piloto para criação de uma rede nacional de compartilhamento de informações sobre a pós-graduação, organizada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), órgão do Ministério da Educação (MEC).
Com esta iniciativa, a agência responsável pela expansão e consolidação dos cursos de mestrado e doutorado de todo o Brasil, pretende principalmente facilitar o compartilhamento de dados para reduzir o preenchimento de informações repetidas em sistemas acadêmicos.
As melhorias das informações reunidas irão contribuir na implantação de novas tecnologias na avaliação de programas. Com a rede operando, haverá a redução da necessidade de múltiplos pontos de coleta de informação e a diminuição dos serviços de correção de dados submetidos às bases operacionais da agência, que foi criada em 1951 para capacitar pesquisadores de nível superior.
A primeira reunião virtual do grupo, na última terça-feira (19), teve a participação do presidente da Capes, Benedito Aguiar (de gravata na foto). A perspectiva é que, mediante o compartilhamento de informações em rede, no âmbito da pós-graduação e da pesquisa, seja possível estabelecer cinco níveis para a integração conjunta com as universidades (política pública, organizacional, legal, semântico e técnico), a chamada interoperabilidade, quer dizer, a capacidade de um sistema, informatizado ou não, de se comunicar de forma transparente com outro sistema.
Grande deferência
A Diretoria de Avaliação da Capes participará de todas as etapas do projeto. O grupo é formado por dois representantes de cada IES, um da pró-reitoria de pós-gradação e um da área de tecnologia da informação. A coordenação desta etapa ficará a cargo do professor José Francisco Salm Jr, da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc).
O compartilhamento vai contribuir com novas tecnologias na avaliação dos programas
A movimentação visando criar a Rede de Integração Acadêmico-Científica da Pós-Graduação (Rica-PG), como é chamada, começou em 2019, quando a UEM aceitou o convite e confirmou a participação no projeto-piloto.
Para o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UEM, Clóves Cabreira Jobim, a presença da UEM neste projeto “é uma grande deferência para a instituição, visto que foram escolhidas somente 13 IES para o desenvolvimento da Rede”.
Segundo ele, o presidente da Capes destacou na reunião que essas instituições de ensino superior serão consideradas signatárias da Rede. Posteriormente, com ela [Rica-PG] pronta, todas as IES brasileiras serão incluídas. “Portanto, temos o privilégio, mas também muito trabalho pela frente”, admite.
Participam da formulação deste projeto-piloto, além da UEM, as universidades federais Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), do Amazonas (UFAM), de Pernambuco (UFPE), e do Rio Grande do Sul (UFRGS); o Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG); a Universidade de Pernambuco (UPE), que também é pública estadual; a Universidade Presbiteriana Mackenzie; a Universidade de São Paulo (USP); a Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp); a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS); e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
* Com informações da Coordenação de Comunicação Social da Agência (CCS/CAPES)