Projeto de TI pode ajudar no monitoramento dos focos do mosquito transmissor da doença
A convite da Reitoria, o secretário de Saúde de Maringá, Jair Biatto, e o diretor de Vigilância em Saúde, Eduardo Alcântara Ribeiro, estiveram na UEM para discutir algumas ações de enfrentamento da dengue e outras epidemias.
O encontro ocorreu na segunda-feira (2/3) com a participação do reitor em exercício, Ricardo Dias Silva, da superintendente do Hospital Universitário, Elizabeth Kobayashi, da assessora especial para gestão ambiental da UEM, Elenice Tavares Abreu, da professora Linnyer Beatrys Ruiz Aylon, coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação e de diretoras do Hospital Universitário.
O uso da tecnologia foi uma das propostas apresentadas pela UEM no combate à dengue. A professora Linnyer falou do projeto do software SisDengue, coordenado por ela e que inclusive venceu o Desafio Ciência, Tecnologia e Inovação 2017 - Smart City.
Segundo a professora, o sistema promove uma melhoria nas rotas que os agentes de saúde seguem para visitar as casas com foco do mosquito da dengue, considerando locais com maiores incidências ou locais pouco visitados.
Toda a fiscalização é digital, além disso o sistema consegue interpretar dados o que significa que quanto mais ele é utilizado melhor ele fica. Com o tempo, ele pode detectar, por exemplo, as áreas com mais focos, possibilitando a implantação de ações mais pontuais.
Linnyer explica que colocar o sistema efetivamente em uso demandaria alguns meses. A vantagem é que ele pode ser customizado para aplicação em projetos de monitoramento de outras áreas da saúde criando um sistema de informações de fácil acesso aos gestores públicos.
Para o combate à dengue a primeira medida seria a automatização do controle dos agentes de fiscalização. “Atualmente, no final do dia os agentes gastam muito tempo na preparação dos relatórios das visitas realizadas durante o dia, com a automação os dados são atualizados em tempo real. E ainda é possível alterar a rota de visitas durante a fiscalização”, salienta a professora.
A segunda etapa, de acordo com Linnyer, seria o uso de drones para vistoria em terrenos inacessíveis, destacando que todo o projeto está validado, tendo passado inclusive pela fase de testes.
“Apresentar esse projeto ao município parte da ideia de que a Universidade tem soluções tecnológicas que podem estar a serviço da comunidade”, pontua Ricardo Dias Silva.