Os alunos farão imersão participando desde disciplinas até atividades extensionistas e artísticas
15 de março vai ser uma data histórica para um grupo de alunos do curso de Música da Universidade Estadual de Maringá que, após viajarem 400 quilômetros, começarão a participar, na Universidade Federal da Integração Latino-Americana, em Foz do Iguaçu, de um processo de mobilidade estudantil a ser encerrado em maio com a vinda dos alunos de Música da Unila para a UEM.
O professor Paulo Lopes, do Departamento de Música (DMU), irá acompanhar o grupo na ida. Trata-se de um intercâmbio acadêmico inédito para o curso de Música da UEM, cuja finalidade será a troca de conhecimentos, com a possibilidade de, no futuro, também ser feita a mobilidade docente envolvendo as duas graduações.
Chegando na Unila, onde terão agenda até 27 de março, os oito alunos da UEM darão início, no dia seguinte, às atividades definidas pela coordenação e o centro acadêmico dos respectivos cursos, organizadores do evento. Na foto acima, seis dos oito alunos estão ao lado dos professores Paulo Lopes; Alexandra Cousin, pró-reitora de Ensino; e John Kennedy de Castro.
No caso da Universidade Estadual de Maringá, a iniciativa tem o apoio da coordenação do curso e do DMU, do Gabinete da Reitoria (GRE) e da Pró-Reitoria de Ensino (PEN).
Os estudantes irão cursar a disciplina optativa modular "Práticas Musicais Latino-Americanas", freqüentarão disciplinas regulares como ouvintes e participarão, na condição de alunos ativos, de aulas individuais e coletivas (laboratórios) de instrumento, dos ensaios para a apresentação de encerramento e ainda de atividades de extensão.
A aluna Mary Hilary, do 4º de Música da UEM, é uma das que participará da mobilidade
A ideia deste intercâmbio ganhou corpo em outubro de 2019, quando o professor e coordenador do curso, John Kennedy Pereira de Castro, da UEM, visitou a Unila junto com o professor Paulo Egídio Lückman, chefe do Departamento de Música.
Contato
Com eles foram cinco alunas integrantes do grupo "Anunciação", com repertório voltado para a música popular regional nordestina. O grupo fez uma apresentação e os membros aproveitaram para interagir com os estudantes do centro acadêmico de Música da Unila.
O objetivo era conhecer melhor o curso oferecido pela instituição de Foz do Iguaçu. Uma das características da graduação em Música daquela universidade é a ênfase no processo de internacionalização, uma vez que lá, segundo John, metade dos alunos ingressantes são estrangeiros, oriundos de países latino-americanos.
Responsável por acompanhar os estudantes na volta, o coordenador tinha um ponto a favor: aluna da primeira turma de Música na UEM, Juliane Larsen, mestre e doutora, é professora desta graduação na Unila. Ela foi o contato inicial visando facilitar a visita e o estabelecimento do intercâmbio.
O aluno Adrian Baista da Silva, do 3º ano de Música na UEM, também vai participar da mobilidade
Aos estudantes que virão para permanecer as duas últimas semanas de maio, serão oferecidas, a pedido, a disciplina de "Educação Musical", outras atividades inerentes à habilitação dos graduandos e ações extensionistas e artísticas.
Desde ticket refeição até hospedagem solidária, tudo foi pensado para estimular os alunos interessados a participar desta mobilidade.
Na Unila, o intercâmbio tem a coordenação e o acompanhamento do professor Gabriel Henrique Bianco Navia, coordenador do curso de Música da instituição.
Expectativas
Para a aluna Mary Hilary, do quarto ano em licenciatura em Educação Musical, esta mobilidade pode ampliar o seu conhecimento pelo fato de que a Unila, por ser uma universidade latino-americana, trabalha com a vertente popular da música, ao passo que o curso na UEM está voltado para o aspecto erudito.
Mary fez uma disciplina de Percussão na graduação da UEM e acredita que, na instituição de Foz do Iguaçu, a Percussão esteja direcionada para as questões da América Latina. Outra vantagem, na opinião da estudante, é que o intercâmbio será uma oportunidade de treinar o idioma espanhol, tendo em vista o fato de a Unila ser bilíngüe.
Aluno do terceiro ano do bacharelado em Composição, Adrian Batista da Silva entende que poderá ter contato e a troca de ideias com outros compositores e instrumentistas, além de conhecer uma cultura diferente. Adrian pretende ser compositor de uma forma geral e, na Unila, vislumbra a possibilidade de se aproximar da composição da música latina.