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Renata Heller de Moura, professora do Departamento de Psicologia

Todo mundo fica passível, em algum momento, de ter sofrimento mental. No entanto, ficar calado não é nada indicado. “Precisamos cuidar da nossa saúde mental, as situações não podem se agravar! Preste atenção em si e avalie seus limites”, pede Renata Heller de Moura, professora do Departamento de Psicologia da Universidade Estadual de Maringá (UEM).

Moura indica que profissionais especializados podem ajudar (veja aqui os caminhos). Ela palestrou no evento “Todo mundo junto sofrendo sozinho: uma conversa sobre saúde mental”, realizado ontem (7) à noite no Departamento de Estatística da UEM. Detecta que há muita cobrança para todos serem produtivos e terem alta performance, mas pouca reserva de tempo para descanso e lazer. “Acaba provocando uma pressão muito grande, sobrecarga de trabalho e desgaste emocional”, assim, as portas ficam abertas para doenças, psíquicas ou não.

Ariane Guanini, estudante de Física na UEM, também foi palestrante. Entende que as pessoas pouco assumem que estão mal, talvez por preconceito ou medo. Por isso, vê como necessário que o assunto ganhe mais espaço, embora já haja alguns desses momentos. “Durante as aulas de licenciatura, levantamos muitos questionamentos sobre o bem-estar dos alunos e como somos afetados pelo sistema de ensino”. Outra palestrante foi Julia Romano, estudante de Psicologia na UEM. A mediação foi feita por Guilherme Teramon, aluno de Engenharia Civil na UEM.

 

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Da esquerda: Guilherme Teramon, Renata Moura, Ariane Guanini e Julia Romano

 

Por ter contato com muitos técnicos, docentes e estudantes, Valéria Delisandra Feltrim, coordenadora da graduação em Informática na UEM, percebe que os problemas de saúde mental ocorrem em grande intensidade. “A expectativa é de que na universidade todo mundo esteja feliz e viva a melhor época da vida. Deveria ser assim, mas quando isso não acontece surge frustração”. Para os alunos, a consequência pode ser inclusive o abandono dos cursos nos quais estejam matriculados. “Precisam se sentir acolhidos e se sentir bem aqui”, decreta.

Saiba mais – A organização do ciclo de palestras é da Diretoria de Assuntos Comunitários (DCT) da UEM, por meio da Estratégia de Promoção à Saúde, à Convivência e à Diversidade da Comunidade Universitária (Sacodi). Também colaboram a Associação Atlética Acadêmica do Centro de Exatas e centros acadêmicos.

 

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Evento sobre saúde mental foi gratuito e aberto para toda a comunidade acadêmica