2019 06 12 Reflexoes da Letras 0001

Iniciação científica apresentada aborda como anda saúde mental dos universitários da UEM

A edição junina do “Reflexões da Letras” da Universidade Estadual de Maringá (UEM) ocorre hoje (12). Com foco em saúde mental e humanização das relações interpessoais, teve sessão matutina e fará a noturna a partir das 19h30, no Auditório 29 de Abril, no Bloco I-12 do câmpus sede, em Maringá (PR). “O sucesso da educação é comprovado quando o sujeito que passou por um processo de formação é capaz de usar seu conhecimento em favor do bem comum”, menciona uma das palestrantes, Tânia dos Santos Alvarez da Silva, doutora em Educação.

O evento foi iniciado com apresentação de resultados parciais de uma iniciação científica que aborda o panorama da saúde dos universitários da UEM. A fala foi de Renata Heller de Moura, professora do Departamento de Psicologia (DPI) da UEM, e das graduandas do 5º ano de Psicologia Gabriela Pires Malacrida e Maria Eduarda Gaspar Branco da Silva. “Em alguns momentos, o estudante já chega à universidade em sofrimento, agravado por causa de todo o processo educacional que vive antes de entrar no contexto universitário, em razão da competitividade do vestibular e vivências familiares e sociais”, aponta Moura. Os dados da pesquisa são coletados mediante questionários enviados a órgãos como Unidade de Psicologia Aplicada, Ambulatório Médico e de Enfermagem, colegiados de cursos, centros acadêmicos, Diretoria de Assuntos Comunitários e Diretório Central de Estudantes.

 

2019 06 12 Reflexoes da Letras 0004

Sessão noturna do evento será hoje (12), às 19h30, no Auditório 29 de Abril

 

Outro ponto tratado neste “Reflexões da Letras” é a inclusão de pessoas com deficiência no ensino superior, assunto trazido pela doutora Tânia Alvarez da Silva, professora aposentada da UEM e membro do Programa Multidisciplinar de Pesquisa e Apoio à Pessoa com Deficiência e Necessidades Educativas Especiais (Propae). “A deficiência não é, necessariamente, situação desvantajosa; é condição de existência. Todos enfrentamos deficiências, permanentes ou temporárias, laudadas ou não”, expõe. E segundo a educadora, incluir não é apenas permitir a matrícula, é oferecer acessibilidade, condições para permanência estudantil e conclusão de curso, além de atitudes empáticas. “Tivemos avanços na criação de políticas de inclusão. Mas, efetivamente, essa inclusão acontece? Vivemos avanços e retrocessos”.

 

2019 06 12 Reflexoes da Letras 0003

Dra. Tânia Alvarez: “O sucesso da educação é comprovado quando o sujeito usa seu conhecimento em favor do bem comum”

 

Mais um tópico importante do “Reflexões da Letras” é sobre a forma com que a sociedade olha e dialoga com pessoas com esquizofrenia. De acordo com Fernanda Trombini Rahmen Cassim, psicóloga clínica, doutora em Letras pela UEM e professora em colégios, ainda que crie um mundo à parte dos demais, o indivíduo com esquizofrenia precisa ser ouvido com atenção e sem julgamento. “Ninguém o ouve porque ele não faz parte da realidade das pessoas entre aspas ‘normais’. Mas quantas vezes os não diagnosticados com esquizofrenia criam universos paralelos e outros enquadramentos de comunicação para continuar vivendo?!”.

 

2019 06 12 Reflexoes da Letras 0002

População precisa ter escuta ativa aos semelhantes, inclusive a pacientes com esquizofrenia, segundo Dra. Fernanda Cassim

 

Seja voluntário – O Propae fica no Bloco 04 da UEM. Interessados em ser voluntários em pesquisa e apoio à pessoa com deficiência podem ir ao local pessoalmente, ligar no (44) 3011-4448 /3874 ou, ainda, enviar e-mail para sec-propae@uem.br. Mais informações podem ser obtidas neste site.