Também foram beneficiados pacientes do Hospital do Câncer e necessitados de transfusão sanguínea; veja galeria de fotos
Com a doação de alimentos, roupas, calçados e outros produtos, os calouros do curso de Arquitetura e Urbanismo, da Universidade Estadual de Maringá (UEM), finalizaram, nesta semana, a campanha do trote solidário, iniciada em março.
No decorrer dos últimos meses, a campanha envolveu diversas atividades, incluindo uma intervenção no Centro Integrado de Ações Pedagógicas e Sociais (Ciaps) Luiz Zanchin, em Sarandi.
Os estudantes sanaram algumas das necessidades do Centro, como a troca de oito portas e a pintura dos cômodos da entidade. Também iniciaram uma campanha para a arrecadação de livros e brinquedos, cuja entrega ocorreu neste final da campanha.
Ao todo, o Ciaps, responsável pelo atendimento a crianças e adolescentes de 6 a 15 anos em “situação de extrema vulnerabilidade social”, recebeu em torno de 20 sacos e caixas de brinquedos e livros.
A direção do Centro enviou mensagem aos acadêmicos em agradecimento e relatou o novo clima de estímulo no local. "Estão mais felizes e animados para todas as atividades, principalmente para ler um livro na biblioteca, que antes era pouco utilizada".
Além do Ciaps de Sarandi, o asilo São Vicente de Paulo recebeu 480 unidades de fraldas geriátricas, a Associação Maringaense de Proteção aos Animais de Rua foi agraciada com 160 quilos de ração; o projeto Maria Luisa Kamei (de assistência aos índios) obteve o repasse de alimentos; o Hospital do Câncer de Maringá obteve a doação de cabelos; e a Aras Cáritas recebeu roupas, sapatos, livros e brinquedos para serem repassados a um grupo de imigrantes haitianos atendidos pela instituição.
A Cáritas é uma entidade de promoção e atuação social em defesa dos direitos humanos, da segurança alimentar e do desenvolvimento sustentável solidário, com atuação direcionada aos excluídos.
Vale esclarecer que as fraldas e a ração foram comprados com o dinheiro remanescente dos recursos arrecadados para a reforma do Ciaps. Na segunda-feira, os estudantes doaram sangue ao Hemocentro Regional, da UEM, e incentivaram também os veteranos a se tornarem doadores regulares.
Tradição iniciada em 2002, esta campanha dos calouros da Arquitetura e Urbanismo surgiu para quebrar o paradigma de que os trotes universitários são violentos ou perigosos. A iniciativa visa integrar os novos estudantes que acabaram de ingressar na Universidade com os seus veteranos, ao mesmo tempo em que busca pôr os alunos em contato com um pouco da realidade do Arquiteto e Urbanista.
Ao longo do ano letivo, os veteranos arrecadam dinheiro de diversas formas, como a realização de festas, rifas e vendas, contando também com o patrocínio e doações de empresas interessadas em ajudar. Nestes 17 anos, o trote solidário do curso ajudou diversas instituições de Maringá e região, como asilos, centro de reabilitação, creches e projetos sociais.