2019 03 22 Visita da Selecao de Petra Race MG 3986

Equipe está treinando em Maringá e tem acompanhamento do Comitê Paralímpico Brasileiro. Veja fotos do encontro

Atletas da seleção brasileira de Petra Race Running visitaram, nesta sexta-feira (22), a Reitoria da Universidade Estadual de Maringá, acompanhados do vice-presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Ivaldo Brandão Vieira; e do técnico da equipe, professor Décio Calegari, da UEM.

Eles foram recebidos pelo reitor Julio Damasceno e pelo vice-reitor Ricardo Dias Silva. A seleção voltou a treinar em Maringá, onde permanecerá até o próximo dia 24 de março, e conta com os atletas Edvan Dias de Sozua e Adriano Ferreira dos Santos, que competem pela cidade.

O encontro na Reitoria se deu por conta do convênio entre o Comitê e a UEM, celebrado em setembro de 2018. O objetivo é que o convênio permita a aplicação do conhecimento em Ciências do Esporte, gerado pelo Departamento de Educação Física da UEM, no aprimoramento do desempenho das seleções esportivas nacionais.

Além disso, a ideia é que a cooperação técnica propicie a implantação do Laboratório Paralímpico de Pesquisa, Avaliação e Inovação em Esportes Paralímpicos. A iniciativa também deve oferecer formação e habilitação profissional a diferentes áreas do conhecimento em benefício do esporte paralímpico.

Brandão foi o responsável por trazer a modalidade Petra para o Brasil em 2009, quando ainda era presidente da Associação Nacional de Desporto para Decientes (Ande).

A Petra ou Race Running é uma modalidade paralímpica de atletismo criada na Dinamarca, em 1989, e chegou ao Brasil 2009. O atleta utiliza uma bicicleta (de três rodas), um guidão para direcionar o suporte para o tronco, um banco para o assento, faixas, mas não tem pedal anexado.

A modalidade é indicada para pessoas com paralisia cerebral, distrofia muscular, doença de Parkinson e outras deficiências que afetam a mobilidade e equilíbrio. A Petra é dividida em três categorias: RR1, RR2 e RR3.

O vice-presidente do CPB disse que Adriano Ferreira dos Santos, vice-campeão mundial na modalidade, optou por treinar em Maringá por causa da estrutura oferecida. Conforme Brandão, a UEM saiu na frente devido à proximidade que ele tem com o professor Décio Calegari.

Destacou, ainda, que além de competição a Petra passou a ser um instrumento de lazer nos lugares onde existe ciclovias. "Acho que vamos ter muitas notícias boas porque o trabalho do Décio vai reverberar bastante", previu. Ele afirmou também que a parceria com a UEM será sempre uma fonte de prazer para o Comitê, no sentido do estreitamento dos laços.

Segundo Calegari, o projeto de extensão coordenado por ele na UEM é campo de pesquisa para profissionais de diversas áreas na instituição.

De acordo com o professor Cláudio Kravchyhcyn, chefe do Departamento de Educação Física, o movimento paralímpico funciona como um estimulador da convivência social.

O reitor elogiou o trabalho da equipe envolvida na preparação da seleção brasileira de Petra e destacou o fato de que o vice Ricardo Silva é arquiteto e urbanista de formação, sempre preocupado em ajudar a cidade a ser mais inclusiva na questão da acessibilidade.

Ainda hoje a equipe se reunirá com representantes do Convention Buerau, com a presença do Secretário de Esportes, Valmir Fassina, para discutir a possibilidade de Maringá sediar as Paralimpíadas Escolares, maior evento esportivo escolar paralímpico do mundo, em 2020.