Iniciativa faz parte da política ambiental da instituição, aprovada em 2010
A Universidade Estadual de Maringá deu, hoje (15), o pontapé inicial para o início da coleta seletiva de resíduos na instituição, como um dos passos decisivos para a consolidação da política ambiental da UEM, visando a torná-la também a primeira universidade pública estadual sustentável do Paraná.
O lançamento da campanha ocorreu no auditório do Núcleo de Limnologia, Ictiologia e Aqüicultura (Nupélia), reunindo, além do vice-reitor, Julio Damasceno; representantes da Assessoria de Planejamento, do Comitê Gestor Ambiental, e da Comissão de Recicláveis; além de autoridades ligadas a Prefeitura Municipal e ao governo do Estado.
Para fazer a coleta, no câmpus sede e no hospital universitário, os responsáveis pelo trabalho providenciaram a compra de 274 lixeiras, que, separadas por cores, irão comportar os resíduos recicláveis produzidos na instituição.
A coleta ocorrerá às terças e quintas-feiras no período da manhã, nos mesmos locais em que são recolhidos os resíduos sólidos.
Vale lembrar que estes materiais devem estar limpos. O acondicionamento de pilhas e baterias será de responsabilidade dos setores e deverá ser feito em recipientes resistentes, devidamente identificados, e posteriormente encaminhados para a coleta seletiva.
Este resíduos serão destinados exclusivamente à Cooperativa de catadores Coopercicla, vencedora da Chamada Pública feita pela UEM.
Damasceno disse que a universidade pública tem o dever de se comprometer com as questões de interesse da sociedade. Ele falou da presença de biólogos e de outros profissionais da UEM no evento, encarregados de estudar o meio ambiente nas variadas situações e de propor soluções para os problemas causados.
O vice-reitor lembrou também a presença de autoridades de órgãos incumbidos de fiscalizar a aplicação da lei, como o Instituto Ambiental do Paraná (IAP).
Damasceno afirmou ter sido marcante para ele o evento ocorrido em 2010, na UEM, que representou o começo da elaboração da política ambiental da Universidade. "O grande desafio nosso é a mudança de comportamento. E esta mudança depende de todos nós", concluiu.
Para o secretário de Meio Ambiente e Bem Estar Animal, Ederlei Alkamim, a expectativa de unir os esforços da Prefeitura com os produzidos num centro de conhecimento como a UEM, visando a consolidar a coleta seletiva em Maringá, é das melhores.
De acordo com ele, apenas com a utilização de 15 caminhões o município aumentou de 9 para 20 toneladas a coleta de lixo reciclado por dia, sendo possível chegar, com a mesma frota, a 40 toneladas diárias.
Pelos cálculos dele, ao menos 30% das 400 toneladas de resíduos geradas todos os dias em Maringá são recicláveis. O desafio, diz, é promover a educação ambiental da população.
A assessora de Planejamento da UEM, Alice Murakami, entende que o sucesso da campanha dependerá de cada servidor. Ela enalteceu a presença das autoridades e elogiou a parceria dos grupos PET (Programa de Educação Tutorial), envolvendo os estudantes.
O coordenador do Programa Integrado de Ação Social (Proação Ambiental), da UEM, Marino Elígio Gonçalves, fez um histórico das iniciativas surgidas, em 2008, agrupando os segmentos que tinham como foco a preocupação ambiental, e que resultaram, em 2010, na formulação de um documento, entregue à Reitoria, traçando as linhas de uma política ambiental.
A assessora ambiental da Universidade, Elenice Tavares Abreu, explicou como foi planejada a campanha, juntando representantes da Assessoria de Planejamento, do Comitê de Gestor Ambiental e da Comissão de Recicláveis.
Representantes da Acim, do Conselho Municipal do Meio Ambiente, e os pró-reitores de Recursos Humanos e Assuntos Comunitários (PRH), Ensino (PEN), e de Pesquisa e Pós-Graduação (PPG), Luiz Otávio Goulart, Ana Obara e Célia Granhen Tavares, também prestigiaram o evento.