2017-09-22 Audiencia Publica Universidades- MG 6208

Além de parlamentares estaduais, professores, estudantes e lideranças da sociedade civil organizada expressaram apoio à UEM. Cerca de 400 pessoas marcaram presença 

Na manhã desta sexta-feira (22), representantes da sociedade civil organizada e deputados integrantes de uma frente parlamentar criada, na Assembleia Legislativa do Paraná, em defesa das instituições estaduais de ensino superior, se reuniram em Audiência Pública na Câmara Municipal de Maringá.  Coordenada pelo deputado estadual Tercílio Turini (PPS), a Frente Parlamentar é composta por 33 parlamentares, incluindo Evandro Araújo (PSC), que presidiu a sessão. No debate vieram respostas contundentes aos ataques feitos à educação pública superior, pelo governo do Paraná, que comprometem o funcionamento da universidade pública de qualidade no estado.

Com o tema “A conjuntura, os desafios e a importância das Universidades Estaduais do Paraná”, o evento teve a finalidade de discutir a situação atual da Universidade. Estiveram presentes o prefeito de Maringá, Ulisses Maia; o deputado federal Enio Verri; os deputados estaduais Requião Filho e Tadeu Veneri; o reitor e o vice-reitor da UEM, Mauro Baesso e Julio Damasceno; os vereadores de Maringá Jean Marques, Sidnei Telles, Alex Chaves, Homero Marchese e Mário Verri; além  do presidente do Sesduem, Edmilson da Silva; do presidente do Sintemar, José Maria de Oliveira Marques e a vice-presidente da subseção da OAB-Maringá, Ana Cláudia Bandeira.

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Mauro Baesso fala sobre o papel da UEM no desenvolvimento regional

Durante a audiência, o professor de Departamento de Economia, José Luiz Parré, apresentou dados consistentes sobre o impacto do ensino superior público na economia do Estado. Os números são de pesquisas realizadas pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Econômicas da UEM, evidenciando a estreita relação entre o desenvolvimento regional e as universidades.

Em discurso, o reitor Mauro Baesso também destacou a importância da instituição em municípios onde ela está inserida. “A nossa região não seria a mesma, se não houvesse a UEM”, afirmou. Segundo ele, os bons resultados gerados pela instituição é fruto do trabalho de professores com Tempo Integral de Dedicação Exclusiva (Tide).  Damasceno lamentou que as universidades tenham que entrar nessa luta, considerando que o tempo gasto poderia estar sendo bem melhor aproveitado na produção científica.

Integrantes da atual gestão da UEM destacaram o quanto a UEM vem sendo prejudicada em atividades que garantem o funcionamento da instituição. Entre os agravantes está a redução dos recursos para manutenção dos serviços; o bloqueio dos recursos próprios; a diminuição no quadro de servidores, a não substituição de técnicos e docentes; além da não contratação de pessoal aprovado em concursos.

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Acadêmica de Arquitetura e Urbanismo ressalta a participação dos estudantes em defesa da UEM

A participação da classe estudantil foi expressiva na Audiência. A acadêmica de Arquitetura e Urbanismo, Lissa Marry Rodrigues falou da atuação dos estudantes em defesa da UEM. “Não estamos parados, vamos continuar defendendo a Universidade e o ensino superior público de qualidade”, disse. “A luta precisa avançar no sentindo de resistir aos possessivos ataques que o governo do estado segue fazendo direcionado a educação, a saúde e todas as bases que servem ao povo brasileiro. Nesse sentido, é extremamente importante reconhecer o ′corte′ de gastos e investimento público que atende, principalmente, a classe trabalhadora”, ressaltou.  

Aprovados por unanimidade, os encaminhamentos desta Audiência Pública sugerem a não inclusão das instituições de ensino superior do Paraná no Sistema RH-Meta 4; a suspensão do contingenciamento de recursos imposto a UEM, a garantia de recursos para o custeio no orçamento do Estado, com a suspensão do corte de 30% dos recursos previstos no orçamento do Estado, que srá encaminhado a Assembléia Legislativa; a reposição imediata dos 259 servidores aposentados, exonerados e falecidos, além da nomeação dos servidores aprovados em concurso público; o reconhecimento do TIDE como regime de trabalho; o respeito a autonomia universitária, conforme estabelecido na Constituição Estadual e na Constituição Federal.

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