Evento foi aberto, ontem lotando o auditório do Bloco I-12, e prossegue até amanhã (27)
Com uma programação diversificada nesta quarta-feira (26), incluindo roda de conversa, apresentação cultural e palestra com a colunista da revista Carta Capital, Djamila Ribeiro, prossegue até amanhã (27) o IV Colóquio de Feminismo Negro, aberto, ontem à noite, na Universidade Estadual de Maringá (UEM).
Na cerimônia de abertura, o reitor em exercício, Julio Damasceno, disse que reconhecia a necessidade de a Universidade ser cada vez mais inclusiva e que a Reitoria estava aberta a ouvir as reivindicações neste sentido. Ele também enalteceu o trabalho que a instituição está fazendo, por meio de seus diversos grupos de estudos e pesquisa, para o combate ao racismo e qualquer tipo de intolerância.
A diretora de Cultura da UEM, Marivânia de Araújo, agradeceu o apoio dado pela Reitoria em todas as edições do Colóquio e também fez um agradecimento à Pró-Reitoria de Extensão e Cultura. A diretora ainda reivindicou uma Universidade com maior diversidade, porque, conforme ela, se a sociedade não é homogênea, então a instituição não deve ser.
A pró-reitora do Extensão e Cultura, Itana Gimenes, falou sobre o trabalho de Marivânia de Araújo como diretora. Ela ainda elogiou a atuação da professora à frente dos estudos envolvendo a questão da igualdade racial.
Diretora-adjunta do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCH), Sandra Moser afirmou que encontros como este fortalecem as políticas dos grupos de estudos, na troca de ideias, ampliando os espaços de atuação.
O chefe do Departamento de Ciências Sociais (DCS), Pedro Jorge de Freitas, disse que se a Universidade não resistir em prol da garantia da manutenção dos direitos, é melhor ela fechar. De acordo com ele, o Colóquio é, inclusive, um espaço de manutenção e validação desta resistência.
A presidente da Associação dos Docentes da UEM (Aduem), Elaine Lepri, elogiou a iniciativa da realização do Colóquio. Lembrou que a Aduem participava pela segunda vez do evento e disse que o auditório lotado lhe marcava muito. Ela desejou um encontro de muito aprendizado e que possa crescer sempre.
A presidente da APP Sindicato de Maringá, Vilma Garcia da Silva, ressaltou o fato de que a UEM está trabalhando há algum tempo contra o preconceito. Neste sentido, segundo a presidente, os diversos grupos de estudos têm tido um papel muito importante.
A coordenadora do Núcleo de Estudos Interdisciplinares Afro-Brasileiros (Neiab), Eliane Oliveira, disse que a Universidade é um espaço de resistência e da luta pela manutenção dos direitos. Elaine lembrou o momento de dificuldades pelo qual as instituições de ensino superior públicas paranaenses estão passando.
A presidente do Conselho Municipal da Promoção da Igualdade Racial (Compir), Rosiany Silva, contou que estava feliz pela presença do Conselho no evento. Conselho que, conforme Rosiany, tem um papel de importância para a cidade.
Após a cerimônia de abertura, a jornalista e blogueira Maíra Azevedo, a Tia Má, personagem que tem quase 80 mil curtidas na fanpage no Facebook e milhares de seguidores, proferiu palestra sobre a representatividade da mulher negra na mídia.
Esta quarta edição do Colóquio de Feminismo Negro tem como tema "Acadêmicas, Trabalhadoras e Militantes: a representação de mulheres negras nos diferentes espaços"
A atriz Ruth de Souza é a homenageada do evento. O Colóquio tem a organização do Núcleo de Estudos Interdisciplinares Afro-Brasileiros (Neiab).
Ainda hoje estão previstas, às 19h30, apresentação Cultural; e, às 20 horas, palestra com Djamila Ribeiro, mestra em Filosofia e colunista da revista Carta Capital.
Amanhã (27), às 14 horas, ocorrerá uma nova roda de conversa, sobre o tema Mulheres negras e militância; às 19h30, a mesa-redonda com a arquiteta e colunista do Justificando, Joice Berth, e com a professora Megg Rayara Gomes de Oliveira, da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Outras informações pela página do evento no Facebook.
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