foto da planta descrita em homenagem ao professor Sidinei Magela Thomaz

O mestrando Ricardo Bressan Pacífico e sua orientadora, professora Karina Fidanza Rodrigues, do Programa de Pós-Graduação em Biologia Comparada, da Universidade Estadual de Maringá (UEM), descreveram três novas espécies da família Melastomataceae, gênero Trembleya.
 

O artigo saiu publicado no último dia 11 de dezembro, na Phytotaxa 238 (2): 163-173 (www.mapress.com/phytotaxa/). Uma das espécies descritas, Trembleya thomazzi Pacífico & K. Fidanza, homenageou o professor Sidinei Magela Thomaz, do Departamento de Biologia da UEM, que atua no Núcleo de Pesquisas em Limnologia, Ictiologia e Aquicultura (Nupélia)).
Ricardo Pacífico, Sidinei Magela Thomaz (segurando a planta que recebeu o nome dele) e Karina Rodrigues

O professor homenageado, que possui diversos artigos publicados em revistas científicas nacionais e internacionais, é editor associado chefe da revista Hydrobiologia e Editor Associado, das revistas Biological Invasions, Natureza & Conservação, Acta Limnologica Brasiliensia e NeoBiota, e utiliza macrófitas aquáticas e organismos associados para endereçar questões acerca da biologia de invasões e biodiversidade.
A planta que recebeu o nome do professor Sidinei ocorre em área de campo rupestre da Cadeia do Espinhaço e é endêmica da Serra do Bota, uma região pouco explorada cientificamente. Essa serra fica localizada no município de Guaraciama, região norte de Minas Gerais. O holótipo de Trembleya thomazzi ficará depositado no herbário MBM (Museu Botânico Municipal de Curitiba). Também para a mesma serra foi descrita a nova espécie Trembleya botaensis Pacífico & K. Fidanza, em homenagem à Serra do Bota, onde a planta foi registrada pela primeira vez. Os holótipos de Trembleya thomazzi e de T. botaensis ficarão depositados no herbário MBM (Museu Botânico Municipal de Curitiba)
A outra nova espécie foi encontrada na Serra do Cabral, também localizada no norte de Minas Gerais. Trembleya acuminata Pacífico & K. Fidanza, nome dado em referencia ao ápice da folha nitidamente acuminado, é endêmica do município de Joaquim Felício e ocorre em áreas de campo rupestre. O holótipo dessa espécie estará depositado no Herbário MBM e seus isótipos nos Herbários ESA (Herbário da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Piracicaba – São Paulo) e SPF (Herbário da Universidade de São Paulo).
Serra do Cabral, em Minas Gerais

As três novas espécies descritas por Ricardo e pela professora Karina são consideradas, pela União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN), criticamente em perigo ou em perigo crítico de extinção (categoria CR). Segundo essa mesma classificação, trata-se da categoria de maior risco atribuído pela Lista Vermelha da IUCN para espécies selvagens, pois são aquelas que enfrentam risco extremamente elevado de extinção na natureza. Há 2.169 animais e 1.957 plantas com essa avaliação.