Com a morte do ex-reitor Rodolfo Purpur, ontem (8), a Universidade Estadual de Maringá (UEM) perdeu um dos homens que ajudou a construir a história da instituição, hoje uma das mais renomadas do Brasil. Purpur estava internado desde o último dia 23 no Hospital Paraná, depois de ter sofrido um AVC, e morreu aos 80 anos de idade. Nascido em Cambará, formado em Direito, Purpur foi reitor da UEM de 1974 a 1978.  

O ex-reitor foi também professor titular de Direito Financeiro e Tributário da UEM, presidente da Associação Comercial e Industrial de Maringá, diretor-financeiro do conglomerado Banco Del Paraná e procurador geral do Estado, atuando no Tribunal de Contas do Paraná

Era Cidadão Benemérito de Maringá, título que recebeu, da Câmara Municipal, em junho de 2007, numa homenagem proposta pelo então vereador Wálter Guerlles.

Quando assumiu a Reitoria, em outubro de 1974, Purpur deparou-se com a Universidade envolta numa séria crise financeira. Grande parte das dívidas tinha origem na edificação do câmpus, que acabaria por esgotar a capacidade de endividamento da Instituição. Ele procurou fazer coalizões externas com empresários, clubes de serviços e líderes comunitários. O objetivo era sensibilizar o governo sobre a necessidade de verbas para a Universidade.

A mobilização das lideranças deu resultado e em 1975 o Estado assumia as dívidas. Até o final de sua gestão, Purpur buscou mecanismos que proporcionassem o equilíbrio financeiro, preparando a Instituição para um novo momento, o da consolidação da UEM.

Em março de 1976, durante a gestão dele, foi criado o Boletim Informativo da Reitoria. Surgiu, em princípio, como um folhetinho de quatro páginas, sem foto, com pequenas notas. Ainda em 1976, em sua gestão, o Estatuto da UEM foi aprovado em caráter definitivo, condição para o reconhecimento da Universidade pelo Governo Federal.

Nessa época também surgiria a Assessoria de Planejamento, órgão responsável pela sistematização e pelo controle do orçamento da Universidade, dando início a um processo planejado de administração.

Para o reitor Júlio Santiago Prates Filho e a vice-reitora Neusa Altoé, a morte de Purpur deixa uma lacuna irreparável, pois o ex-reitor é parte da construção desta trajetória de sucesso da UEM, especialmente quanto ao fato de a Universidade ter ajudado, na região, o processo de interiorização e alavancagem do crescimento e do desenvolvimento econômico, social e cultural.