Felipe Cousin, estudante do 3º ano do curso de graduação em Ciência da Computação da Universidade Estadual de Maringá (UEM), foi um dos primeiros alunos vinculados ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Sistemas Micro e Nanoeletrônicos (INCT Namitec) a participar do “Ciência Sem Fronteiras”. Entre abril e dezembro de 2012, Cousin cursou disciplinas na Universidade da Califórnia Santa Cruz, tirou A+ em todas as disciplinas que ele cursou e desenvolveu atividades de pesquisa na Universidade de Stanford, ambas nos EUA, e os resultados das suas pesquisas vêm tendo destaque.

O intercâmbio de Cousin foi uma experiência diferenciada, pois foi planejado pela sua orientadora na UEM, a pesquisadora do INCT Namitec e professora Linnyer Beatrys (na foto com Felipe), de modo que ele tivesse uma orientadora na Universidade da Califórnia, a professora Dra. Kátia Obraczka, e que estivesse envolvido em um projeto com redes de sensores sem fio. Então, a partir do contato com o professor da Universidade de Stanfor, Ram Rajagopal, surgiu a oportunidade para que o aluno participasse do Projeto Snowflake. Assim, Cousin realizou atividades que envolviam o estudo e o desenvolvimento de um protocolo de controle de acesso ao meio baseado em TDMA (Time Division Multiple Access, em português, Acesso Múltiplo por Divisão de Tempo).

Segundo Linnyer, como os resultados do trabalho desenvolvido pelo Felipe Cousin em Stanford seriam úteis tanto para as pesquisas do professor Rajagopal quanto para os estudos feitos na UEM e na Universidade da Califórnia Santa Cruz, foi estabelecida a cooperação entre os três grupos de pesquisa das três instituições. “Nós encontramos no Snowflake a interseção de um trabalho que poderia ser feito em conjunto. O projeto em si foi estabelecido em Stanford. O que fizemos foi colaborar com atividades específicas, que são a implementação e o teste do protocolo de controle de acesso ao meio. Protocolo este que pode ser utilizado em diferentes aplicações de redes de sensores sem fio” explica Linnyer, coordenadora do projeto na UEM.

Sem Fronteiras – Sobre a participação de Felipe Cousin no Programa “Ciência Sem Fronteiras”, a professora faz uma avaliação positiva. “O que é interessante para a UEM é o fato de que este aluno, preparado aqui, no interior do Paraná, em uma realidade que é diferente daquela de grandes universidades situadas em grandes centros urbanos, consegue se posicionar para garantir resultados e mostrar o seu preparo na área de rede de sensores sem fio. Isto mostra o efeito benéfico da presença do INCT Namitec na UEM, instrumentando laboratórios e promovendo o fortalecimento do Grupo Manna de Pesquisa e Desenvolvimento em Engenharia de Computação Invisível.

Cousin relata que não teve dificuldades de acompanhar as disciplinas, pois teve uma boa formação no Brasil. Com a experiência, o estudante pode perceber que a UEM possui um nível de conhecimentos equivalente ao das instituições americanas no que se refere às redes de sensores sem fio. “Lá, encontrei sensores muito parecidos com os que tenho trabalhado nos laboratórios do Grupo Manna. Achei bom porque pude usar todo o conhecimento que eu tinha adquirido em atividades desenvolvidas no INCT Namitec, aqui no Brasil”, afirma.

No que se refere à parceria entre a UEM e as universidades da Califórnia Santa Cruz e de Stanford, Linnyer pontua “A cooperação entre as três instituições foi possibilitada pela notoriedade que o INCT Namitec tem. O fato de participar de um instituto nacional de ciência e tecnologia, com tantos pesquisadores e tantos compromissos, contribui para que exista a colaboração”. Em consonância, Felipe Cousin conta que o retorno ao Brasil não foi motivo de preocupação, uma vez que sempre teve um bom ambiente de trabalho e bons companheiros de equipe no Manna e que sabe que esta e outras cooperações serão apoiadas pelo INCT Namitec. 

Fonte: Namitec