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Departamento de Biotecnologia, Genética e Biologia Celular (DBC) comemoru, hoje, com o reitor e a vice-reitora da UEM, professores Julio Santiago Prates Filho e Neusa Aloté (foto), a aprovação do Programa de Pós-graduação em Biotecnologia Ambiental (PBA), em nível de mestrado acadêmico. A notícia veio depois da avaliação feita pelos consultores da Capes, realizada entre os dias 18 e 19 de abril. O curso de mestrado foi recomendado com conceito 3.

O projeto foi pensado, montado e enviado a Capes em um período de um ano e, mesmo assim, conseguiu a aprovação. “Temos certeza que após o primeiro ou segundo ano a nota vai ser bem maior”, disse o coordenador pró-tempore do PBA, professor João Alencar Pamphile. “A comissão avaliadora foi um pouco exigente, pois a relação de docentes com produção acima de B3, bem como o percentual de docentes com produção acima de 500 pontos, segundo os critérios do último triênio, seriam suficientes para o conceito 4”, acrescentou o professor.

Segundo o parecer da Capes, a reunião com a administração da UEM permitiu constatar o forte apoio institucional, tanto em nível universitário, representado pelo reitor, como da secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Superior do Paraná, que enfatizou que a proposta vem ao encontro da política do estado de criação de parques tecnológicos.

Segundo Pamphile, há uma diversidade de cursos de Biotecnologia aprovados pela Capes. Cursos em Biotecnologia aplicados à agroindústria e à saúde, por exemplo. Na rede Bionorte da Amazônia há outro voltado à biodiversidade e, recentemente, foi aprovado na Capes, um curso de Biotecnologia e meio ambiente.

Diferencial – O curso da UEM, no entanto, tem um diferencial e é o único dentre todos os cursos existentes hoje na área de Biotecnologia. “Traz os aspectos importantes que têm sido debatidos pela sociedade, em todos os países, como a discussão sobre a hipótese de que a Biotecnologia poderia estar trazendo algum prejuízo à humanidade, estaria causando impactos para o meio ambiente. O que nós faremos aqui no curso é exatamente mostrar ao mundo, à sociedade, que a Biotecnologia, no seu aspecto relevante, vem produzindo produtos e processos que beneficiem a sociedade, que ela tem preocupação com o meio ambiente, de trabalhar o meio ambiente, de preservar o meio ambiente” explica Pamphille.

O curso se estrutura na área de concentração em Biologia Ambiental e em três linhas de pesquisa. A primeira é Mutagênese e Monitoramento Ambiental, que propõe estudos dos efeitos dos poluentes ambientais sobre os organismos vivos, como a presença de resíduos em alimentos, no ar, solo e água, abordando os princípios básicos de toxicologia e mutagênese, e também, indicando um caminho para a restauração ambiental e a prevenção de contaminação. A segunda linha é Biodiversidade, Biocatálise e Biotransformação, que pretende estudar a biodiversidade empregando ferramentas da genética, genômica, biologia molecular, biologia celular e bioinformática. Por fim, vem a linha Bioprospecção e Controle biológico, que trabalhará sobre a prospecção de microrganismos ou plantas, produtores de compostos bioativos ou metabólitos secundários, de interesse biotecnológico no controle de pragas agrícolas ou no controle de organismos causadores de doenças nos seres humanos.

É importante lembrar que o mesmo parecer de aprovação do mestrado elaborado pela Capes não recomendou a criação do doutorado na mesma área na UEM. Segundo a professora Veronica Elisa Pimenta Vicentini, chefe do DBC, o parecer da Capes aponta “que é necessário um período de amadurecimento do mestrado para a criação do nível de doutorado”.

A primeira turma do curso, que terá 10 vagas, está prevista para começar em agosto deste ano. Segundo o professor Pamphille, as inscrições para o mestrado deverão ser abertas o mais rápido possível, para que se possa fazer a seleção no mês de julho.