Nesta terça-feira (19), uma cerimônia simples, que reuniu funcionários e parceiros, o Núcleo de Pesquisa em Ictiologia, Limnologia e Aqüicultura da Universidade Estadual de Maringá (Nupélia/UEM), abriu, oficialmente, a comemoração dos seus 30 anos. Segundo o coordenador-geral, Samuel Veríssimo, e a coordenadora científica do Núcleo, Carla Pavanelli, a edição de um memorial do Nupélia, era um sonho que, agora, se realiza. 

As comemorações das três décadas de atividades do Nupélia foram abertas, na verdade, informalmente, em janeiro deste ano, no Congresso Brasileiro de Ictiologia, onde foi apresentado um vídeo comemorativo. O audiovisual foi produzido pela jornalista da Assessoria de Comunicação da UEM, Ana Paula Machado Velho, que escreveu o roteiro e realizou a edição com um dos técnicos do Núcleo, Wladimir Marques Domingues. “Aliás, o Wladimir é ‘autor’ da maior parte das imagens usadas no vídeo, que foi montado com fotos antigas e cenas captadas em saídas de campos dos pesquisadores. Não fizemos nenhuma captação atual. Peneiramos o material que estava disponível nos arquivos do Nupélia”, disse Ana Paula. 

Livro – O memorial impresso dos 30 anos, também foi lançado simbolicamente no Congresso de Ictiologia, para divulgar o Nupélia. Nesta terça-feira, o vídeo e o livro foram apresentados à equipe de funcionários e aos convidados e patrocinadores.  Entre os convidados estava Hélio Martins Fontes, do setor de Meio Ambiente da Itaipu Binacional, patrocinadora do livro. Ele disse que a publicação tinha que acontecer, porque histórias de sucesso precisam ser contadas. “E nós precisávamos participar porque a história do Nupélia não está dissociada da de Itaipu. É importante destacarmos a competência de produzir conhecimento deste núcleo.”

Fontes estava acompanhado de Domingo Rodriguez Fernandez, também da área de meio ambiente da hidroelétrica, que disse que “não só a Itaipu mas todos o setor elétrico brasileiro deve a vocês pelo imenso e importante volume de conhecimento que produzem aqui e que é levado para outras regiões por meio dos alunos formados pelo Nupélia”, no Programa de Pós-Graduação em Ambientes Aquáticos (PEA). 

O autor – O autor do memorial dos 30 anos do Nupélia é o professor do Departamento de História da UEM, Reginaldo Dias. Ele confessou que aceitou o convite da coordenadora Carla Pavanelli, mas sabia que seria um desafio. Disse que é pesquisador da história política do nosso país. Produzir um memorial de um Núcleo científico ficava fora da experiência dele, mas, mesmo assim, acreditou no projeto. “Este livro tem que ser visto como mapa. Jorge Luis Borges, um dos autores que eu cito na obra, escreveu um livro que conta a luta de geógrafos de fazer um mapa perfeito. Esse esforço e as considerações do texto de Borges mostram que essa é uma tarefa impossível, porque existem diferentes formas de enxergar o que se está mapeando. Vejam esse livro como uma das formas de ver os 30 anos do Nupélia”, disse Dias.

O professor ainda agradeceu aos funcionários do Nupélia e ao pessoal do protocolo pela boa vontade de liberar os documentos necessários à elaboração do memorial. Além disso, lembrou que a Editora da UEM se empenhou no projeto para conseguir aprontar a obra em tempo hábil para as comemorações do Nupélia. 

Manifestações – A vice-reitora Neusa Altoé pediu desculpas pela ausência do reitor, Julio Prates Filho, neste momento especial do Nupélia, e disse: “estamos aqui para parabenizar vocês e dizer que era realmente preciso registrar o rigor científico desta equipe que lutou para concretizar o trabalho de excelência do Nupélia”.

A professora Evanilde Benedito, hoje assessora do Escritório de Coorperação Internacional (ECI), fez parte da primeira equipe de estagiários do Nupélia. Emocionada, ela disse que este momento é fruto de um sonho de pesquisadores. “E eu agradeço por ter tido a companhia de tão bons sonhadores.”

O professor Gilberto Pavanelli lembrou que o grupo de organizadores do Nupélia fez o que se chama, hoje, de inovação. “O que nós fizemos antes, de maneira meio escondida, hoje é prioridade do poder público, que vem criando leis de incentivo”, acrescentou. 

Por fim, a editora-chefe da Eduem, parabenizou pela qualidade do livro produzido pelo professor Reginaldo Dias, que registra, de forma competente a história do Núpélia.