Nesta quinta feira (2), às 18h30min, no Anfiteatro Ney Marques, o Cinuem exibe Festa de Família, filme dirigido em 1990, por Thomas Vinterberg. Para o comentarista da semana, Thiago Ramari (Jornalista), a obra dirigida e roteirizada pelo dinamarquês Vinterberg, inaugurou o movimento Dogma 95, no fim da década de 1990.

Assim com a Nouvelle Vague, o Neo-Realismo Italiano e o Cinema Novo, o Dogma 95 foi uma forma de contestação ao cinema norte-americano. Os adeptos do movimento abriram mão de vários recursos comumente utilizados na produção de filmes, como a iluminação artificial, a edição de som e até mesmo o tripé das câmeras, a fim de criar uma nova linguagem, mais próxima da realidade.

Ao contrário do que o título faz supor, Festa de Família não é um filme leve. O roteiro conta a história de Christian (interpretado por Ulrich Thomsen) que volta para a Dinamarca, para a celebração do 60º aniversário de seu pai, Helge (Henning Moritzen). Durante um jantar e na frente de dezenas de convidados, o filho conta que foi vítima de abuso sexual por parte do pai quando criança, assim como a irmã gêmea, que se suicidou recentemente. E a revelação instala uma espécie de surto contido entre os presentes.