O superintendente do Hospital Universitário Regional de Maringá, José Carlos Amador (na foto, à direita), disse, ontem (17), na Câmara Municipal, que, apesar das dificuldades enfrentadas pelo HU, o índice de satisfação do usuário gira em torno de 80%, chegando a quase 100% quando é excluído o atendimento no Pronto Socorro.

Falando sobre dificuldades, o médico, que é professor de Medicina da UEM, ressaltou que um dos maiores gargalos do HU é a falta de pessoal. Esta defasagem teve início na inauguração do Pronto Atendimento, há 20 anos, quando o hospital solicitava a contratação de 200 funcionários e conseguiu apenas 111.

De lá para cá, com a perda de vários servidores, motivados pela aposentadoria e até casos de mortes, a carência de recursos humanos foi se agravando, chegando, atualmente, a uma defasagem de pelo menos 300 funcionários. Vários contatos foram mantidos em Curitiba e o governador Roberto Requião já acenou com a liberação de 141 contratações.

O superintendente lembra que, por ser um órgão cuja concepção é a de um hospital escola, há muitos professores e pesquisadores que não têm a obrigação de prestar atendimento exclusivamente no HU. Ou seja, a função deles é a de ensinar os alunos, formando mão-de-obra qualificada, e a de pesquisar, visando a descobrir novos conhecimentos e divulgá-los à comunidade científica e à população em geral.

Amador foi à Câmara pela segunda vez desde que assumiu o cargo, em 2007, atendendo à solicitação dos vereadores. Como fez na primeira vez, também respondeu às perguntas, esclarecendo, entre outras questões, que, para um Pronto Socorro com 31 leitos regulares e que chegou a receber mais de 100 pacientes na última segunda-feira, é difícil oferecer um atendimento digno que a população merece.

Apesar disso, conforme ele, se for levado em conta o número de atendimentos prestados pelo hospital o volume de reclamações por falha profissional é pequeno.

Informou que embora esteja longe de ter sua área física completa, de 27 mil metros2 e 300 leitos, o HU, com cerca de 9 mil metros2 e 120 leitos, tem várias frentes de obras em andamento, somando em torno de 10 mil metros2.

Para dar uma idéia sobre a amplitude do atendimento prestado pelo hospital universitário, Amador disse que em 2007 o HU atendeu a pacientes de 104 municípios de várias regiões do Paraná e de outros Estados, além de moradores do Paraguai.

banner mec fixo portaria 879 2022

uem tv