A UEM é a melhor universidade do Paraná no ranking divulgado, ontem (8), pelo Ministério da Educação, que leva em conta a qualidade dos cursos de graduação e de pós-graduação.
No caso da graduação, o novo indicador do MEC, denominado Índice Geral de Cursos (IGC), inclui, entre outras variáveis, a avaliação dos alunos no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes, a infra-estrutura dos cursos, os recursos didático-pedagógicos existentes e a titulação do corpo docente.
No caso dos cursos de pós-graduação, foram levados em conta principalmente o conceito atribuído aos cursos de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado), pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do MEC.
Entre as 173 universidades avaliadas, a UEM, com 341 pontos, apresentou o melhor índice entre todas as universidades do Estado, entre públicas e privadas, ficando à frente inclusive da Universidade Federal do Paraná, a instituição de ensino superior mais antiga do Estado e do Brasil.
O indicador de qualidade elaborado pelo MEC, baseado no triênio 2004-2006, dividiu as instituições avaliadas em universidades, centros universitários, faculdades e institutos isolados. Na categoria universidades, a UEM, com a pontuação obtida, foi classificada na faixa 4, numa escala de 2 a 5 atribuída pelo Ministério.
Para a pró-reitora de Ensino, Ednéia Rossi, a posição alcançada pela UEM é resultado de uma política de qualificação do corpo docente. Na opinião dela, com certeza a Universidade Estadual de Maringá estaria melhor no ranking (vigésima nona) geral se obtivesse mais investimento do governo federal.
O pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Nilson Evelázio de Souza, diz que o resultado já era esperado de certa forma, devido, inclusive, às boas notas que os cursos de mestrado e doutorado vêm obtendo nos últimos anos. A UEM tem 14 cursos stricto sensu com notas 5 e 6 (excelente) da Capes, 17 com nota 4, e 9 com nota 3.
Souza também acredita que a perspectiva é de a UEM melhorar no ranking para o próximo triênio. E alerta que, se a instituição não criar mais cursos stricto sensu nos próximos anos, haverá “um hiato no futuro”, ou seja, ela correrá o risco de não manter os bons índices nos rankings do governo federal.
O vice-reitor da UEM, Mário Azevedo, professor e pesquisador na área da educação, entende que a posição da instituição no IGC significa um ponto de equilíbrio entre a excelência da graduação e da pós-graduação, além do investimento feito pela universidade na qualificação dos professores.