O Seminário Os Venenos em Nossos Pratos está sendo realizado hoje durante o dia todo (6), no Cine Teatro Plaza, debatendo os perigos da alimentação. Durante a solenidade de abertura, a pró-reitora de Ensino da UEM, Ednéia Regina Rossi, disse que cabe à universidade propiciar ambiência para promover idéias, conceitos, debates, que levem a outra consciência, produção de outra cultura. O coordenador geral da Rotulagem dos Transgênicos, Álvaro Miguel Rychuv, enfatizou que o governo do Paraná pretende esclarecer a situação dos transgênicos, passar as informações devidas para que os participassem possam difundi-las. 

  O reitor Décio Sperandio destacou que o evento vem ao encontro de “nossos propósitos” de ampliar as atividades complementares dos alunos, permitindo um ambiente fora do habitat fora das salas de aulas de convívio com colegas e professores e troca de idéias. Falou que os participantes vão poder irradiar o que vão ouvir, assimilar e mentalizar. Informou que a UEM tem projetos na área de agroecologia, citando o Núcleo em Agropecuária e Desenvolvimento Sustentável (Éden). Disse ainda que a Universidade pretende criar um curso tecnólogo em agrotecnologia.

Laranja teratogênica

A primeira palestra, Riscos Ocultos nos Alimentos, foi proferida por Alfredo Benatto, ouvidor da Claspar. Benatto destacou os perigos contidos na alimentação. Disse que a alface é altamente contaminada e que a laranja possui substância teratogênica proveniente de produtos químicos utilizados na cultura. Ele defende que não é necessário se usar veneno para produção agrícola; basta o manejo correto do solo e da água contida no solo. Benatto critica o sistema implantado com a revolução verde, iniciada na década de 50 e baseada no modelo agrícola da monocultura e da utilização de produtos químicos. Esse modelo é fundamentado também na alta tecnologia: aviões e grandes tratores para pulverização, grandes colheitadeiras, além de exigir grandes extensões de terra, inviabilizando os “sítios”.

Benatto informa que o adubo químico desequilibra a planta, que “toma” mais água e se torna suscetível a doenças, recebendo venenos. Compara esse ciclo vicioso à criança que não é amamentada, toma vitaminas de farmácia, fica doente e precisa de antibióticos. Além dos problemas causados ao ambiente e à saúde humana, o professor lembra da questão financeira: U$ 5,4 bilhões vão embora do País por ano.

Ainda de manhã, foi proferida a palestra Resíduos de Agrotóxicos e Medicamentos Veterinários em Alimentos, ministrada pela servidora da Divisão de Vigilância Sanitária de Alimentos, Eliana da Silva Scucato.

Programação da tarde

A partir das 14 horas, estão programadas as seguintes palestras: Culturas Transgênicas e suas Implicações para a Agricultura Paranaense, com o agrônomo da Secretaria da Agricultura do Paraná, Marcelo Silva; Mitos e Riscos dos Produtos Transgênicos, apresentada por Adriano Luiz Riesemberg, também agrônomo da Secretaria da Agricultura; e A Estratégia da Dominação Biotecnológica, com o presidente da Claspar, Valdir Izidoro Silveira.

A coordenação do seminário é do Grupo de Rotulagem dos Transgênicos, que vem promovendo eventos similares nas universidades estaduais do Paraná. O evento é promovido pelo Governo do Estado e pela Reitoria da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Solicitações para realização deste seminário em outras instituições podem ser efetuadas pelo e-mail editor@exportnews.com.br. Outras informações sobre transgênicos no site www.transgenicos.pr.gov.br.

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