A UEM instalou um laboratório em Nova Esperança, em parceria com a Prefeitura daquele município, que poderá incentivar o avanço da sericicultura do Paraná. No dia 4, o reitor Décio Sperandio e a prefeita Maly Benatti assinaram o convênio e inauguraram os laboratórios de estudos genéticos de casulos do bicho-da-seda.
O projeto será coordenado pela professora Maria Aparecida Fernandez (Departamento de Biologia Celular). Por meio dele, será possível identificar melhores matrizes do bicho-da-seda para futuros cruzamentos, em busca da obtenção de híbridos com patente da UEM. No futuro, serão produzidos casulos com alto teor de seda líquida e com resistência a variações climáticas e a doenças como o amarelidão (Nucleopolyhedrovirus), o principal responsável por grandes perdas na produção de casulos. Um híbrido assim tem alto valor comercial.
A Cocamar, que atuava no setor da sericicultura, repassou o banco de germoplasma composto de 16 matrizes de bicho-da-seda e uma câmara fria que serve como chocadeira de matrizes. Outros equipamentos também serão fundamentais para o processo de sementagem. A área onde estão instalados os galpões, cedidos pela Prefeitura de Nova Esperança, conta com espaço para a plantação de amoreiras.
O projeto conta com a participação das empresas sericícolas Fiação de Seda Bratac e Fujimura do Brasil. Além dos pesquisadores e professores da UEM, Unipar e da Unioeste, tem ainda a colaboração de técnicos da Secretaria da Agricultura e Abastecimento e da Emater, Cocamar e Seti. Essas parcerias permitem manter uma produção que movimenta R$ 6 milhões por ano e que sustenta 850 famílias, além de gerar cerca de cinco mil empregos.
A sericicultura é a principal atividade econômica de Nova Esperança. Além de gerar riqueza e projeção nacional para o município, é uma atividade de grande importância para a inclusão social.