Grupo de pesquisa recebe financiamento do CNPq para otimizar desenvolvimento de software (foto antes da pandemia)
A reportagem de hoje (22) sobre inteligência artificial (IA) trata de um projeto desenvolvido por um grupo de pesquisadores da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e de outras instituições, com financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que cria a ferramenta OPLA-Tool, voltada a reduzir o esforço de desenvolvedores e o tempo de elaboração e avaliação de projetos de software.
“Muitas vezes há vários desenvolvedores trabalhando muitas horas para pensar em um projeto de software e isso demanda muito esforço intelectual e horas ou dias de trabalho. Os algoritmos de otimização tendem a reduzir o esforço e o tempo, porque vão automaticamente gerar uma ou mais propostas para que a equipe possa analisá-las”, explica Thelma Elita Colanzi, professora do Departamento de Informática (DIN) da UEM.
O projeto de software é uma das etapas pelas quais o desenvolvimento de um software passa antes de ser programado e testado para posterior disponibilização ao usuário final. “Inserimos inteligência, conhecimento de desenvolvimento de software, dentro do algoritmo de otimização para que ele consiga melhorar os projetos como se fosse um engenheiro de software”, destaca Colanzi, pesquisadora sobre algoritmos de otimização no desenvolvimento de software há mais de dez anos.
A OPLA-Tool foi inicialmente pensada para ser usada de forma geral por instituições desenvolvedoras de software. No entanto, a docente adianta que tem perspectiva de fazer um estudo de caso com uma empresa de Maringá (PR) que desenvolve softwares de gestão pública, de modo que a ferramenta foque em suas necessidades. “Este projeto de pesquisa visa usar algoritmos de otimização para incluir inteligência dentro de ferramentas de software, com o objetivo de facilitar as tarefas de desenvolvimento”, explica a professora. “Além disso, estamos usando algoritmos de aprendizagem de máquina, um tipo de algoritmo de IA, para aprender as preferências do usuário durante o uso da OPLA-Tool, a fim de melhorar a eficácia do algoritmo de otimização”.
Pesquisa, coordenada por professora da UEM, cria ferramenta denominada OPLA-Tool
Toda a pesquisa faz parte do projeto “OPLA – Otimização Evolutiva e Interativa de Arquitetura de Linha de Produto de Software”, coordenado por Colanzi. Além de docentes e alunos da UEM, o grupo tem pesquisadores das universidades de São Paulo (USP), Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Federal do Amazonas (Ufam) e da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), onde Colanzi está realizando pós-doutorado com financiamento da Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Estado do Paraná. A professora também é vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação da UEM e secretária da Regional Paraná da Sociedade Brasileira de Computação (SBC).
Saiba mais sobre IA
Para quem não era profissional de Tecnologia da Informação, antigamente as máquinas inteligentes eram vistas apenas como ficção científica de Hollywood ou do desenho animado Os Jetsons. Com o passar das décadas, no entanto, tem ficado cada vez mais presente no dia a dia de todos a inteligência artificial; embora esteja no cotidiano, facilitando a vida humana, a IA continua sendo tema propício para a indústria cinematográfica, inclusive com filme homônimo dirigido por Steven Spielberg em 2001.
IA é um termo usado para definir uma ciência computacional multidisciplinar que serve para desenvolver e aprimorar sistemas complexos, baseados sobretudo em lógica, cálculo, banco de dados e no comportamento inteligente. Essa tecnologia proporciona agilidade e eficiência na resolução de problemas, a partir de tomadas de decisão e consequente execução de tarefas. A IA é empregada, por exemplo, na medicina, na robótica, nos jogos eletrônicos, na segurança e até para reconhecimento de algum objeto ou de alguém (uma das formas é por meio da identificação biométrica).
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